A política é parte integrante da atividade humana.
Invariavelmente, grupos de pessoas dispostas a formular projetos que visam ao benefício comum, confrontam ideias e decidem ações para o atingimento dos respectivos objetivos.
Num processo dito democrático, obtém-se o consenso pela manifestação da maioria dos presentes. Tal dinâmica é desenvolvida com facilidade quando o número de participantes é pequeno.
Se, porém, as questões envolvem países e populações, adotam-se variações nas quais a sociedade, desde que não submetida a regimes de exceção, é chamada a se pronunciar através de eleições a fim de escolher representantes, já que é impossível conferir diretamente o ponto de vista de cada cidadão, como ocorria na velha Grécia, berço da democracia.
É aí que entra o político profissional que deveria funcionar como uma espécie de corretor das aspirações da coletividade.
Mas essa linearidade acaba quando se verifica que o eleito quase nunca exerce a esperada corretagem.
Observa-se, ao contrário, que passa a trabalhar em proveito próprio, colocando os anseios de quem os escolheu no retrovisor e aumentando a velocidade do carro, não só para manter o emprego conseguido, muito bem remunerado, mas também para continuar a gozar o poder, que é gostoso e prazeroso.
Ou seja, tão logo diplomado, o político deixa de fazer política.
É assim que funciona, e o pobre do eleitor continua a achar que o voto é a sua arma.
É razoável afirmar que o quadro descrito reproduz com exatidão o que ocorre num certo pais abaixo do equador?
28 de setembro de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
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