"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 17 de agosto de 2014

UMA BREVE ANÁLISE SOBRE O CONFLITO EM GAZA



 
1 - O que está acontecendo agora na região?
Há muitos anos, ataques vindos da Faixa de Gaza contra Israel, na forma de foguetes (tipo mísseis, só que depois do lançamento não se tem controle de onde vão cair) lançados contra áreas civis - casas, escolas, o que for. Nas últimas semanas, uma operação das Forças de Defesa de Israel (FDI), atacando alvos do Hamas e outros grupos terroristas na Faixa de Gaza.
2 - O que desencadeou a operação?
Terroristas árabes (possivelmente o Hamas) sequestraram, na Cisjordânia, três jovens (19, 16 e 16 anos) estudantes de "seminário" judaico. Mataram os meninos e ocultaram os corpos.
Judeus israelenses revoltados mataram um menino árabe da Cisjordânia em retaliação. Daí, em retaliação a isso, os terroristas de Gaza intensificaram os ataques com foguetes. A operação das FDI veio em reação a essa intensificação dos ataques.
3 - Isso é desproporcional?
O que seria "proporcional", no caso? Israel lançar foguetes às cegas, sem qualquer aviso, como os terroristas de Gaza fazem?
É fato que morrem muito mais árabes (inclusive civis) do que israelenses. Isso tem basicamente um motivo: tecnologia superior do lado de Israel.
As armas israelenses são melhores. As defesas israelenses são melhores. Mas, acima de tudo, a tecnologia de governo de Israel é melhor. O governo de Israel cuida melhor de seus cidadãos.
Como? Além de investir em armas ofensivas, como os caças e tanques sendo usados agora em Gaza, Israel investe em defesa: as cidades e áreas rurais do Sul, que vivem sob a mira dos foguetes, são repletas de sirenes e abrigos antibomba. Além disso, há o Domo de Ferro, sistema de interceptação e inutilização dos foguetes durante o voo.
O Hamas não investe na construção de abrigos. Investe na construção de túneis para obter armamento pra usar contra Israel e infiltrar homens-bomba.
Há também o tratamento médico: devido a quase um século de terrorismo árabe, a medicina de trauma israelense é a melhor do mundo. Portanto, os cidadãos de Israel têm acesso a medicina que salva vidas. Os cidadãos de Gaza não têm, porque o Hamas não deixa.
Israel oferece acesso de emergência a seus hospitais. Só que um árabe sendo tratado num hospital israelense não dá propaganda pro Hamas; um caixão com a bandeira da Palestina em cima dá.
4 - E o bloqueio a Gaza?
Israel retirou seus cidadãos e tropas da Faixa de Gaza em 2005. Desde então, mantém o controle das fronteiras do território; o objetivo disso é impedir a entrada de armas que o Hamas usará contra Israel. Comida, remédios, bens de consumo entram.
Se Israel não deixasse comida e remédios entrarem, os habitantes de Gaza morreriam de fome, doenças como diabetes e infecções. Um simples dado refuta isso: de 2005 a 2012, a taxa anual de crescimento demográfico foi de 3,2%. Gaza obviamente não é nenhum paraíso (exceto os hotéis de luxo na praia, onde os terroristas se esbaldam - é sério, tem isso), mas certamente Israel não está matando os árabes de fome, muito menos praticando um Holocausto. Quando um povo sofre um Holocausto, sua população diminui. Muito. Em pouquíssimo tempo. O extermínio de judeus no Holocausto durou cerca de cinco anos e meio e matou seis milhões de judeus, 1/3 da população judaica à época.
Um território que passa de 1,4 milhão para 1,8 milhão em nove anos não está sofrendo nada parecido com genocídio.
17 de agosto de 2014
Bruno Parga é Bacharel em História, ex-diplomata, tradutor e Especialista do Instituto Liberal.

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