Tudo leva a crer que está em curso no Brasil, embora não percebida por grande parte da sociedade, uma revolução de cunho político-social de grande alcance. Ela não possui alicerce ideológico definido, posto que, hoje em dia, as ideologias, como as que conhecemos, esbravejantes, há 50 anos atrás, caducaram. Mas está sendo turbinada por uma força ainda mais devastadora, o narco-tráfico, e se caracteriza por uma luta de classes que começou a tomar ímpeto quando o PT assumiu o poder, através do discurso marcado pelo "nós e eles", tão explorado ainda hoje por seus ideólogos histéricos e pelo seu principal ícone, que ameaça voltar.
Um inventário dos fatos preocupantes do dia a dia, com repercussão nacional inclui, entre outros aspectos: invasões ilegais e impunes;
dilapidação do patrimônio público, mediante incêndios criminosos a unidades de transporte coletivo e destruição de repartições públicas e privadas, por motivos muitas vezes fúteis;
demonização e esvaziamento das polícias e das forças de segurança;
sacralização e heroicização de bandidos;
perceptível anomia;
justiça desmoralizada, por não ser capaz de reagir a declarações irresponsáveis relacionadas ao julgamento "80% político"; abandono, por parte da classe política, do interesse público, em detrimento da ascensão individual;
demagogia repugnante que se aproveita do nível de educação do povo, mantido propositalmente baixo, revelado até por organismos internacionais;
falta de confiança generalizada nas instituições e nas figuras públicas;
população humilhada e revoltada pela péssima qualidade dos serviços públicos que lhe são devidos;
politização de grupos, queridinhos do governo vigente, que, em nome de uma reforma agrária que corrói até áreas produtivas, e de outros falsos movimentos, incitam a desordem e reivindicam parcelas de poder;
o esquartejamento da soberania, mediante a distribuição de vastas áreas do território nacional a "nações" indígenas, estimuladas por interesses internacionais cuja origem e financiamento não são conhecidos nem rastreados por nenhum dos nossos órgãos de informação e, por último mas não menos importante, a atmosfera de corrupção que permeia todos os setores de atividade do país. Estes são alguns dos sintomas aparentemente pontuais mas que, aos poucos, estão abrangendo todo o estado brasileiro, ameaçando sua integridade.
São situações análogas às que vigoraram em todos os países onde rupturas importantes ocorreram.
Tal quadro leva qualquer cidadão consciente a indagar qual será a convergência de todo esse processo e a quem interessa a instalação de regimes estranhos á índole do povo brasileiro.
Espera-se que os eleitores entendam a gravidade do cenário e as lideranças nacionais despertem e se coordenem a fim de salvar o país, através do trabalho dedicado e da transparência de suas ações, no sentido de implementar o bem estar do povo e de estimular a prática de uma política democrática saudável, sem o apelo do poder pelo poder, isso enquanto ainda houver tempo.
02 de maio de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário