BILHÕES... NAS PRIORIDADES POLÍTICAS
20 de abril de 2014
A.Montenegro
A partir do governo de Luis Inácio, as políticas elaboradas pela assessoria do Foro de São Paulo, todas obedientes à linha política indicada por Rockfeller para a América Latina, com a finalidade de acabar com os propósitos nacionalistas – “democracia” “independência econômica”, “pátria”, “soberania”, “defesa territorial”, “cumprimento de leis constitucionais” - elementos que dificultariam a ação dos predadores da globalização, da nova ordem mundial, vêm sendo cumpridos à risca.
Isto se concretiza nos aspectos da acelerada desconstrução dos elementos culturais, invasão das drogas e do terrorismo, instabilidade da família refletindo-se na escola onde os professores perderam a autoridade da cátedra, na música que imita o pior da contracultura, na violência das ruas, nas câmeras espalhadas por toda parte, pelo estado e por particulares para “inibir a ação de bandidos”, nos programas de televisão e novelas “escrachadas” que apregoam modismos e pornografia como liberdade de expressão...
... Na infra estrutura dos portos, na logística do abastecimento urbano que se ressente do investimento em ferrovias, hidrovias, estradas, silos e planejamento para escoamento das safras, nas políticas de desarmamento da população e rejeição das leis de menoridade, no abandono de obras de infra estrutura como as calhas do Rio São Francisco onde já foram gastos bilhões e não se onde vão parar, e outras obras com custos que sangram o tesouro, dobrando ano a ano sem conclusão...
Bom, a lista é grande. Tudo em detrimento da saúde, da segurança pública, da educação que, constitucionalmente são dever do estado, garantia que para tanto arrecada impositivamente quase a metade do produto interno bruto (para acreditar nas estatísticas das instituições econômicas), ou mais, porque ainda não vimos a associação de todas estas políticas com a dívida “interna” com os bancos internacionais e da dívida “externa” com o FMI, Banco Mundial e sei lá mais quem, nunca auditadas, embora a Constituição determine que assim seja. “O povo que se exploda!”
E por que será que os brasileiros, quase todos elevados pelo governo à categoria de “classe média”, não podem sobreviver pagando suas contas com o que ganham? Por que será que todos dependem de cartões de crédito e empenham o trabalho futuro, tendo que desdobrar-se para pagar as faturas e juros altíssimos? Vai tudo bem? Ou estamos como peixes num viveiro, dependentes da ração que nem os personagens do “1984” de Orwell?
Deixa prá lá. Vamos pensar na Copa, nas Olimpíadas... Vamos receber os visitantes estrangeiros da aldeia global com muito samba, sol, bunda, cerveja Heineken... Tropas e milhares de profissionais de segurança nas ruas e nas “arenas”, garantindo o bem estar dos atletas (ou gladiadores?) e torcedores... Milhões já gastamos a fundo perdido e para a Fifa faturar seu trilhão. Já pensou se o Cristo do Corcovado cruzasse os braços e falasse o que pensa?
Este rico país, que alimenta as bocas e boa vida dos que decidem quem deve viver ou morrer, também está dependente do que acontece na Ucrânia. Temos um tratado com os ucranianos para colocar em disponibilidade para o mercado internacional, o campo de lançamento de foguetes que conduzem naves e satélites ao espaço, em Alcântara, no Maranhão. Ali já foram consumidos mais de 1 bilhão de “Real”... Sem a tecnologia dos ucranianos a grana vai escoar pelo ralo. A nova tensão militar já indica que o primeiro lançamento, marcado para o ano que vem (2015), pode sofrer atrasos.
O Brigadeiro Waagner Santilli, da “Alcântara Cyclone Space”, empresa bi-nacional, responsável pela construção (40% já concluída) e pelo fornecimento do foguete Cyclone, está otimista. Mas o jogo de empurra do governo já começou. Quando o acordo foi concluído a previsão de lançamento era para 2006. Mas um acidente estranho destruiu tudo. O foguete já tinha mais de 70% da construção concluída. Mas faltou dinheiro da Ucrânia. E o Brasil atrasou na liberação da grana. Mais não se avexe! O “nosso” projeto espacial vai ser concluído algum dia... Seremos uma potência espacial... Quando e a que custo... Nem a mãe Diná sabe.
O especialista em propulsão espacial do Instituto Nacional de Pesquisa espacial, José Nivaldo Hinckel, considera que o retorno do investimento com o aluguel do espaço com dois ou três lançamentos anuais vai ser difícil. Ou seja, o aluguel não vai cobrir os custos ou, o ganho vai ser irrisório. Lucro mesmo aconteceria se fossem realizados mais de doze lançamentos anuais, o que é impossível.
20 de abril de 2014
A.Montenegro
Fontes de referência:
Sobre a tecnologia do foguete Cyclone, que envolve 16 empresas:
http://www.youtube.com/watch?v=I6ZV14chst I
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