"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

ERA UMA VEZ...


 
Todos conhecem a estória da Branca de Neve.
Nos tempos do onça, uma meiga princesinha, cheia de candura, por sua estupenda beleza caiu na canhota da sua madrasta e rainha.
Por inveja da megera, a desventurada jovem fugiu e padeceu, até encontrar os seus queridos anõezinhos e viver alegre e faceira.
Tempos depois, a bruxa descobriu e com uma maçã envenenada enrolou a charmosa, que com a infeliz dentada na fruta, mergulhou num sono profundo. Mas, como no final o bem se dá bem, veio o beijo do príncipe encantado, ela despertou, e a perversa estrumbicou - se.
A Branca casou com o príncipe e viveram felizes para sempre.
Mas a nossa estória é o inverso.
Um dia, a mais bagulhosa das “guerrilheiras”, uma feiosa e mortiça figura, caiu nas boas graças do fagueiro canastrão do gueto de Vera Cruz, que na ausência do Dirceu, empolgadíssimo, decretou: “ela é o cara”. Assim, ela foi, e ele quedou - se nas proximidades dando palpites.
Contudo, o ignominioso ex - rei, propositadamente, apesar de aconselhar constantementea curta de idéias, com segundas intenções, escamoteou da “cara” algumas dicas fundamentais.
Apesar de aconselhar de que o importante é prometer e empurrar com a barriga, propositadamente (?), não foi exitoso em ensiná - la a retirar da bolsa alguns macetes, como enfiar um bonezinho de alguma entidade pró qualquer besteira na cabeça, mudar de opinião sempre que feder o perguntório, de  criar coisas inimagináveis e inexequíveis, como o PAC 3, o PAC 4 ...
Viajar amiúde para o estrangeiro, e se hospedar luxuosamente, que é uma demonstração de que o País está com a bola toda.
Investir na propaganda que é a alma do negócio. E dar bolsas mesmo que o reino afunde. Com convicção fazer discursos sem nexo e manter o olhar rútilo e fixo no horizonte, pois os votantes não entendem bulhufas.
Tentou ensinar que o básico é o deboche, e o de avacalhar os adversários, mas a sem neurônios, apesar de horas treinando na frente do espelho mágico, nunca conseguiu esboçar nem um arremedo de sorriso sarcástico em relação aos desafetos.
“Defenda - se com veemência, afirme que não sabe de nada, que não ouviu, nem viu nada, como fiz com o PNDH 3 e com o mensalão, e jure que o imbróglio de Pasadena foi engendrado, enquanto você estava absorvida com os problemas nacionais”.
Contudo, no frigir dos ovos, a anta cercada por seus trinta e nove anõezinhos esfolou - se (há controvérsias).
Hoje, o reino está em polvorosa, pois a ungida é tão fraca e destrambelhada que até uma oposição apareceu, sinal de que o futuro da esfinge é periclitante.
Ultimamente, invocaram o Merlim, na esperança de que o mago possa reverter a fatídica hipótese de que a infausta dama seja escorraçada do reino com o seu séquito de magarefes.
Oxalá, a verborrágica simpatia, com o rabo entre as pernas vá ocupar o seu lugar no quinto dos infernos para acompanhar no ostracismo, o seu melífluo guru.
Seus inimigos, hoje, às gargalhadas afirmam, “a cara não serve nem para administrar uma lojinha de R $ 1,99”.
Acredite quem quiser!

24 de abril de 2014
Valmir Fonseca Azevedo Pereira é General de Brigada, reformado.

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