"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 7 de dezembro de 2013

UM TERÇO NA BAHIA DEPENDE DO BOLSA FAMÍLIA

Estado é o maior "cliente" do programa federal de assistencialismo, com 1,8 milhão de pessoas recebendo o benefício; a cada ano, número de pessoas cadastradas aumenta mais um pouco

 
dilma bolsa 800x416 600x312 Um terço na Bahia depende do Bolsa Família
 
Matéria do jornal A Tarde:
A Bahia fecha 2012 como o primeiro Estado do País, proporcionalmente à população, em número de pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família, programa do governo federal de combate à pobreza. Ao todo, 1,8 milhão de famílias  receberam o benefício. Atrás da Bahia estão São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. 
Elas foram incluídas no programa, entre os 2,8 milhões inscritos, por terem renda mensal de até R$ 70, isto é, estão na faixa de extrema pobreza, de acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social Combate à Fome (MDS). 
A média de integrantes por família, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Sedes), é de três pessoas. Isso significa que pouco mais de um terço da população do Estado (cerca de 5 milhões) é diretamente beneficiada pelo programa. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia conta com 14 milhões de habitantes. 
O aumento médio de inscrições é de 100 mil famílias por ano. Neste ano, até novembro, foi registrado um crescimento de 300 mil. “O maior acesso a informação sobre o programa facilitou o cadastro, contribuindo para o aumento. Outro fator é o enquadramento de mais pessoas às exigências do MDS”, explica a coordenadora regional do Bolsa Família, Luciana Santos. 
Oito milhões de pessoas estão inscritas no cadastro único do governo federal, o que equivale a 58% da população do Estado, segundo a coordenadora que também informa que a inscrição não assegura o recebimento do benefício. Dados do MDS atestam que, em novembro deste ano, o valor total transferido às famílias atendidas alcançou R$ 244 milhões. 
A quantia, de acordo com a Sedes, responde por 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia. “Cerca de 122 municípios do Estado são dependentes do programa. Com o benefício, que varia de R$ 32 a R$ 306, os inscritos podem ter acesso a bens que anteriormente não eram possíveis”, afirmou Luciana Santos. 
Comércio - De acordo com o economista Armando Avena, o Bolsa Família ajuda a injetar anualmente cerca de 30 bilhões de reais anuais na economia o que mobiliza diversos setores econômicos. “As estatísticas apontam que, nos últimos  três anos, o comércio vem crescendo 10% ao mês. O Bolsa Família é um grande estímulo para isso”, disse. 
Avena lembra que esse crescimento mostra, por outro lado, uma faceta negativa: o seu caráter assistencialista e sem políticas que contribuam para os participantes se tornarem  autossuficientes.
Para o economista, o governo federal ainda não conseguiu dimensioná-lo como um plano de caráter emergencial e temporário, conforme a proposta inicial. 
“O aumento do número de pessoas cadastradas é a prova de que o programa não está funcionando. Se é emergencial, deveria exibir, gradualmente, uma redução do número de famílias inscritas”.
(grifos nossos)

07 de dezembro de 2013
implicante 

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