"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 12 de dezembro de 2020

ELEIÇÃO DA CÂMARA: "GOVERNO VEM INTERFERINDO DE FORMA ANTIDEMOCRÁTICA NO PROCESSO" - AFIRMA MAIA.

Charge do Amarildo (agazeta.com.br)


Sem ainda uma definição de quem será o candidato apoiado por seu grupo à presidência da Câmara, Rodrigo Maia criticou o que chamou de “interferência antidemocrática” do governo Bolsonaro na disputa pela sua sucessão. Maia participou nesta sexta-feira, dia 11, do 19º Fórum Empresarial do Grupo Lide em São Paulo.

Em discurso, o presidente da Câmara criticava as disputas políticas que, segundo ele, travam a agenda de reformas na Casa. E aproveitou para falar da eleição ao seu cargo que será realizada no início de 2021, e que já tem o deputado Arthur Lira (PP-AL), candidato de Bolsonaro, como concorrente.

INTERFERÊNCIA – “Todas essas disputas políticas, incluindo a sucessão da Câmara e do Senado, podem nos levar a uma dificuldade que nós não temos hoje. Porque o governo vem interferindo de forma antidemocrática no processo de eleição da Câmara”, afirmou.

Maia também afirmou que os parlamentares não vão “se colocar à venda por emenda ou cargo”. “Os partidos de esquerda já entraram no TCU (Tribunal de Contas da União) e acredito que isso vai acabar no Judiciário brasileiro, porque achar que deputado vai se vender por emenda só um governo que não respeita a política, que não respeita a democracia, que fica recebendo no gabinete do secretário de Governo deputados de esquerda achando que alguém está à venda”, disse.

DEMISSÃO – A menos de dois meses de ser realizada, a eleição na Câmara dos Deputados foi pano de fundo para uma crise no alto escalão do governo federal nesta semana. O presidente Jair Bolsonaro demitiu o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, depois que o subordinado discutiu num grupo de WhatsApp com o chefe da Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto.

Álvaro Antônio acusou Ramos de conspirar para tirá-lo do cargo junto a Bolsonaro, porque o militar estaria negociando cargos com o centrão do Congresso, entre eles o próprio Ministério do Turismo, no contexto da disputa pela sucessão de Rodrigo Maia.


12 de dezembro de 2020

Guilherme Caetano
O Globo

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