Faltando menos de dois meses para a eleição para a Mesa do Senado, seu presidente, Davi Alcolumbre, do Democratas do Amapá, está com o firme propósito de eleger o senador Rodrigo Pacheco, do Democratas de Minas Gerais, para sucedê-lo, em 1º de fevereiro de 2021.
Em seu primeiro mandato no Senado, Pacheco representa Minas Gerais, mas é natural de Porto Velho, no estado de Rondônia, é o líder do DEM e quando deputado presidiu a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
SEM PROBLEMAS? – Alcolumbre diz que seu candidato, não criará problemas para o Palácio do Planalto, apesar de ser um político “independente”, o que, na opinião de muitos observadores, é uma equação “pouco ortodoxa”.
Em troca do apoio de alguns integrantes do MDB para seu candidato, Alcolumbre negocia a presidência da Comissão de Constituição e Justiça , a mais importante do Senado, para Renan Calheiros, que entende tudo de política e foi, inclusive, ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso.
Na última eleição para a presidência do Senado, Calheiros foi o oponente de Alcolumbre, mas renunciou à candidatura quando notou que perderia, diante das críticas de ser réu na Lava Jato e personificar a “velha política”.
REAPROXIMAÇÃO – Mas passado algum tempo Alcolumbre se aproximou do experiente senador alagoano e os tempos mostraram que a “nova política” anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro era uma questão de semântica para uma ingênua plateia, jejuna no jogo político.
O poderoso MDB tem a maior bancada do Senado, com 13 representantes e encontra-se rachado, mas não cogita em deixar de participar da disputa. Os líderes do Governo no Congresso, Eduardo Gomes, e do MDB, Eduardo Braga, já circulam ,em Brasília, como pré-candidatos à presidência do Senado.
A senadora Simone Tebet, presidente da Comissão de Constituição e Justiça, igualmente, aspira ao cargo.
IMPASSE CONTINUA – Diante dessa divisão, a estratégia montada por Alcolumbre para obter o apoio do MDB não evoluiu até o momento e tem provocado problemas na montagem da chapa para a presidência da Câmara do Deputados.
Alguns parlamentares da cúpula do DEM declaram que, se o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi, de São Paulo, conseguisse convencer que senadores emedebistas desistissem da candidatura própria e apoiassem o nome de Rodrigo Pacheco, o cenário mudaria totalmente.
Vamos aguardar, portanto.
12 de dezembro de 2020
José Carlos Werneck
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