Finalmente entramos no último ano de uma década que jamais os brasileiros podem esquecer.
O acontecimento mais significativo em nossa economia foi essencialmente político - a partir de 2010, com a vitória da “iluminada” petista Dilma Rousseff nas eleições presidenciais, aquela que acabou provocando uma das mais profundas recessões pelas quais já passamos.
Sua equipe econômica implantou um elenco de medidas equivocadas com a “Nova Matriz Econômica” que levou o Brasil, entre outras coisas, a um colapso fiscal, à disparada da inflação, a uma violenta contração nos investimentos, à perda de confiança por parte dos empresários e consumidores, deixando mais de 13 milhões de desempregados na rua da amargura.
A partir do segundo trimestre de 2011 foi adotada uma política econômica imprudente e populista, marcada por uma forte interferência do Estado em setores da nossa economia, reduzindo as tarifas de energia elétrica através da antecipação da renovação dos contratos de concessão, controlando os preços dos combustíveis, utilizando os bancos públicos com o objetivo de forçar a redução dos spreads bancários, cortando a Selic (taxa básica de juros) visando atingir patamares mínimos históricos e permitindo maior amplitude ao programa de desonerações previdenciárias e tributárias.
O governo Dilma e a sua inusitada “Nova Matriz Econômica” tornaram-se uma simbiose perfeita de prepotência e incompetência. Essa envoltura foi o suficiente para levar a economia brasileira a uma década perdida, após apresentar, em 2010, um expressivo crescimento de 7,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
O novo rumo dado pela petista à nova política econômica, praticamente anulou o empenho reformista conseguido na década anterior.
Justiça seja feita, foram heranças benignas dos governos do tucano Fernando Henrique Cardoso e do ex-presidiário Lula que marcaram pontos positivos como a Lei de Responsabilidade Fiscal e algumas privatizações, assim como proporcionaram um bom período de superávit fiscal primário, quando foi concedido ao País o “grau de investimento” (investement grade) pelas principais agências mundiais de classificação de risco (Fitch, Moody’s e S&P).
Com a execução da “Nova Matriz Econômica”, os gastos públicos começaram a crescer, saindo totalmente do controle, ultrapassando demasiadamente as receitas e fomentando o aumento explosivo da dívida pública.
Diante disso, só podia acontecer o rebaixamento contínuo do rating soberano brasileiro até que fosse perdido o selo de bom pagador, passando a ter o “grau especulativo” denominado “junk” (lixo) pelo mercado financeiro global.
Após a aprovação de reformas importantes como a lei do Teto de Gastos Públicos e recentemente a da Previdência, sucessivas quedas da Selic e perspectivas de crescimento da economia, as agências de rating começaram a melhorar o nosso conceito que ainda se encontra dois níveis abaixo do grau de investimento.
Não se pode negar que durante o primeiro mandato de Dilma, os países emergentes como o Brasil, de alguma forma, sofreram uma influência externa negativa, com a crise do euro liderada pela Grécia e a queda no preço das commodities. Esse ambiente internacional adverso foi exclusivamente utilizado por ela como o grande pretexto para justificar a crise na economia brasileira.
Na realidade o que espantou os investidores, descontrolou a inflação e motivou a queda brutal da renda do brasileiro, sem dúvida, foram as políticas amplamente contraditórias da “Nova Matriz Econômica”.
Segundo dados divulgados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), a recessão econômica teve início no segundo trimestre de 2014, levou exatamente 11 trimestres, somente acabando no final de 2016, trazendo como consequência uma acentuada queda acumulada de 8,6% em nosso PIB durante o período.
Outra contribuição nociva da administração de Dilma foram as “pedaladas fiscais”, esperteza pela qual o governo retardava as remessas de recursos para os bancos públicos para pagamento dos programas sociais e de outras rubricas, mascarando as contas fiscais do País.
Foi amparado nelas que o Congresso finalizou o seu impeachment em agosto de 2016 e Michel Temer assumiu definitivamente o posto mais alto da República, após breve interinidade.
A “Nova Matriz Econômica” que nos conduziu ao verdadeiro caos e a uma recessão histórica deu-se, também, pela adoção de uma política ideológica de esquerda que já deixou inúmeros países no fundo do poço por várias décadas.
Portanto, para que não aconteça desequilíbrio nas contas públicas é fundamental governar com responsabilidade fiscal, pensando sempre no Estado, no povo e nas futuras gerações.
Por meio desse caminho, amadureceu na sociedade a premência de reformar os benefícios previdenciários, buscando-se eliminar privilégios e frear a expansão rápida desse gasto.
A ex-presidente e sua irresponsável política heterodoxa ocasionaram sérios danos os quais, lamentavelmente, ainda causam prejuízos à Nação e aos milhões de desempregados.
O caminho de volta para o crescimento econômico será lento e gradual. Infelizmente, iremos contabilizar, ao final de 2020, mais uma década perdida. Ainda continuam visíveis as sequelas da gestão econômica do desgoverno da “iluminada” Dilma.
07 de janeiro de 2020
Arthur Jorge Costa Pinto é Administrador, com MBA em Finanças pela UNIFACS (Universidade Salvador).
O acontecimento mais significativo em nossa economia foi essencialmente político - a partir de 2010, com a vitória da “iluminada” petista Dilma Rousseff nas eleições presidenciais, aquela que acabou provocando uma das mais profundas recessões pelas quais já passamos.
Sua equipe econômica implantou um elenco de medidas equivocadas com a “Nova Matriz Econômica” que levou o Brasil, entre outras coisas, a um colapso fiscal, à disparada da inflação, a uma violenta contração nos investimentos, à perda de confiança por parte dos empresários e consumidores, deixando mais de 13 milhões de desempregados na rua da amargura.
A partir do segundo trimestre de 2011 foi adotada uma política econômica imprudente e populista, marcada por uma forte interferência do Estado em setores da nossa economia, reduzindo as tarifas de energia elétrica através da antecipação da renovação dos contratos de concessão, controlando os preços dos combustíveis, utilizando os bancos públicos com o objetivo de forçar a redução dos spreads bancários, cortando a Selic (taxa básica de juros) visando atingir patamares mínimos históricos e permitindo maior amplitude ao programa de desonerações previdenciárias e tributárias.
O governo Dilma e a sua inusitada “Nova Matriz Econômica” tornaram-se uma simbiose perfeita de prepotência e incompetência. Essa envoltura foi o suficiente para levar a economia brasileira a uma década perdida, após apresentar, em 2010, um expressivo crescimento de 7,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
O novo rumo dado pela petista à nova política econômica, praticamente anulou o empenho reformista conseguido na década anterior.
Justiça seja feita, foram heranças benignas dos governos do tucano Fernando Henrique Cardoso e do ex-presidiário Lula que marcaram pontos positivos como a Lei de Responsabilidade Fiscal e algumas privatizações, assim como proporcionaram um bom período de superávit fiscal primário, quando foi concedido ao País o “grau de investimento” (investement grade) pelas principais agências mundiais de classificação de risco (Fitch, Moody’s e S&P).
Com a execução da “Nova Matriz Econômica”, os gastos públicos começaram a crescer, saindo totalmente do controle, ultrapassando demasiadamente as receitas e fomentando o aumento explosivo da dívida pública.
Diante disso, só podia acontecer o rebaixamento contínuo do rating soberano brasileiro até que fosse perdido o selo de bom pagador, passando a ter o “grau especulativo” denominado “junk” (lixo) pelo mercado financeiro global.
Após a aprovação de reformas importantes como a lei do Teto de Gastos Públicos e recentemente a da Previdência, sucessivas quedas da Selic e perspectivas de crescimento da economia, as agências de rating começaram a melhorar o nosso conceito que ainda se encontra dois níveis abaixo do grau de investimento.
Não se pode negar que durante o primeiro mandato de Dilma, os países emergentes como o Brasil, de alguma forma, sofreram uma influência externa negativa, com a crise do euro liderada pela Grécia e a queda no preço das commodities. Esse ambiente internacional adverso foi exclusivamente utilizado por ela como o grande pretexto para justificar a crise na economia brasileira.
Na realidade o que espantou os investidores, descontrolou a inflação e motivou a queda brutal da renda do brasileiro, sem dúvida, foram as políticas amplamente contraditórias da “Nova Matriz Econômica”.
Segundo dados divulgados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), a recessão econômica teve início no segundo trimestre de 2014, levou exatamente 11 trimestres, somente acabando no final de 2016, trazendo como consequência uma acentuada queda acumulada de 8,6% em nosso PIB durante o período.
Outra contribuição nociva da administração de Dilma foram as “pedaladas fiscais”, esperteza pela qual o governo retardava as remessas de recursos para os bancos públicos para pagamento dos programas sociais e de outras rubricas, mascarando as contas fiscais do País.
Foi amparado nelas que o Congresso finalizou o seu impeachment em agosto de 2016 e Michel Temer assumiu definitivamente o posto mais alto da República, após breve interinidade.
A “Nova Matriz Econômica” que nos conduziu ao verdadeiro caos e a uma recessão histórica deu-se, também, pela adoção de uma política ideológica de esquerda que já deixou inúmeros países no fundo do poço por várias décadas.
Portanto, para que não aconteça desequilíbrio nas contas públicas é fundamental governar com responsabilidade fiscal, pensando sempre no Estado, no povo e nas futuras gerações.
Por meio desse caminho, amadureceu na sociedade a premência de reformar os benefícios previdenciários, buscando-se eliminar privilégios e frear a expansão rápida desse gasto.
A ex-presidente e sua irresponsável política heterodoxa ocasionaram sérios danos os quais, lamentavelmente, ainda causam prejuízos à Nação e aos milhões de desempregados.
O caminho de volta para o crescimento econômico será lento e gradual. Infelizmente, iremos contabilizar, ao final de 2020, mais uma década perdida. Ainda continuam visíveis as sequelas da gestão econômica do desgoverno da “iluminada” Dilma.
07 de janeiro de 2020
Arthur Jorge Costa Pinto é Administrador, com MBA em Finanças pela UNIFACS (Universidade Salvador).
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