"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

NA CARTA DE APOIO A HADDAD, LULA FALA MAIS DE SI MESMO DO QUE DO CANDIDATO

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Carta de Lula foi lida por Luiz Eduardo Greenhalgh
Quem ler com atenção e isenção a carta do ex-presidente Lula, de apoio à candidatura de Fernando Haddad, vai verificar, sem muito esforço, que ele fala mais de si mesmo que do candidato do PT.  Reportagens de Sérgio Roxo, O Globo, e Marina Dias Folha de São Paulo, edições de ontem, focalizam o tema. Num curto trecho, Lula sustenta que Haddad vai resgatar a justiça social do país, deixando antever que espera do ex-prefeito de São Paulo uma atuação destinada a apagar as injustiças que tem sofrido. A afirmação dá a entender que nesse rol de injustiças Lula está incluindo sua própria condenação.
Na tarde de ontem, no programa Studio I da Globo News, o jornalista Otávio Guedes analisou objetivamente o que está oculto na carta. Disse o jornalista que a carta, de 60 linhas somente na 38ª Lula se refere a Fernando Haddad.
2ª QUINZENA – De qualquer forma, porém, vamos poder medir o efeito da manifestação na próxima sexta-feira, quando o Datafolha e o Ibope devem divulgar novas pesquisas sobre as urnas de 7 de outubro. Entretanto, penso eu, o quadro vai começar a se tornar mais nítido a partir da segunda quinzena de setembro, valendo acentuar que a seleção dos dois finalistas para o segundo turno somente ocorrerá dois dias antes do pleito, quando a Rede Globo realizar o debate entre os principais candidatos apontados nas pesquisas. Esse programa está marcado para as 22 horas do dia 04.
Inclusive tem que se levar em conta a provável ausência de Jair Bolsonaro,, ausência admitida pelo candidato a vice em sua chapa general Hamilton Mourão. Tanto assim que o general Mourão dirigiu consulta ao TSE para saber se poderá entrar no lugar de Bolsonaro no lance final da campanha.
DIVERGÊNCIAS – No seu artigo de ontem em O Globo, Merval Pereira chamou atenção para as divergências registradas entre as pesquisas do Datafolha e Ibope, divergências colocadas entre o avanço e recuo de candidatos principalmente Ciro Gomes e Marina Silva. Enquanto o Datafolha apontava avanço de Ciro Gomes, de 9 para 13 pontos o Ibope divulgava que ele havia recuado de 13 para 11%.
Quanto à posição de Marina, outra divergência: o Datafolha apresentou uma queda de 5 degraus e o Ibope acentuava um recuo de apenas 1 ponto percentual. Merval Pereira, na véspera, em uma entrevista na Globo News com Marcia Cavalari, diretora do IBOPE, colocou o tema em questão.
Vamos ver amanhã, sexta-feira o que acontece.
CONGELAR SALÁRIOS? – Ao participar de debate promovido pelo jornal O Estado de São Paulo e a Fundação Getúlio Vargas, o economista José Márcio Camargo defendeu congelar por quatro anos os salários dos funcionários públicos da União. Quer dizer, a inflação os reduziria com base nos índices do IBGE. Haveria portanto uma perda da capacidade de consumo. José Márcio Camargo é o coordenador das propostas econômicas do candidato Henrique Meirelles.
Vejam só os leitores. É fácil querer reduziro salário do outros. Difícil acreditar que Camargo defenderia a estagnação dos seus próprios vencimentos.
Por que assalariados devem pagar sempre a conta do déficit dos governos?

13 de setembro de 2018
Pedro do Coutto

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