Josias de Souza/O Brasil vai se acostumando ao inaceitável - YouTube
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15 horas atrás - Vídeo enviado por Jornal da Gazeta
E agora o comentário de Josias de Souza direto de Brasília.Em qualquer parte do mundo, o anormal espanta e inspira providências. No Brasil de hoje, o que choca é a normalidade, não o escândalo. A investigação sobre propinas no setor portuário chegou à família de Michel Temer. E o presidente, que já acumula duas denúncias criminais, diz em entrevista que a hipótese de uma terceira denúncia é “campanha oposicionista”. Maristela, filha de Temer, é interrogada pela polícia sobre a suspeita de ter reformado sua casa com verbas de propinas. Indagado, Temer disse: “Registre o meu sorriso.”
Do que ri o presidente?
Pense por um instante na rotina de Temer. Ele conversa diariamente com ministros denunciados por corrupção. Dois, Eliseu Padilha e Moreira Franco, são seus amigos e cúmplices. O ministro Blairo Maggi, da Agricultura, acaba de ser denunciado pela Procuradoria. De novo, corrupção. E Temer o manteve no cargo. O aliado Ciro Nogueira, já atolado na Lava Jato, teve a casa varejada pela Polícia Federal. Mas Temer faz questão de manter o partido dele, o PP, no comando de dois ministérios e da Caixa Econômica Federal.
O Brasil é presidido pela anormalidade. Mas o país vai se acostumando com o inaceitável. A economia reduz a marcha, o desemprego recrusdesce e Temer finge ser candidato à reeleição. Mas o que se vê ao redor é um Congresso anestesiado, um Judiciário titubeante, uma sucessão com quase duas dúzias de candidatos a estorvo e uma sociedade à espera da Copa do Mundo. Essa normalidade irradiada pelo governo Temer faz mal ao país. O presidente ri do Brasil. Banalizou-se a perversão.
05 de maio de 2018
Josias de Souza
Pense por um instante na rotina de Temer. Ele conversa diariamente com ministros denunciados por corrupção. Dois, Eliseu Padilha e Moreira Franco, são seus amigos e cúmplices. O ministro Blairo Maggi, da Agricultura, acaba de ser denunciado pela Procuradoria. De novo, corrupção. E Temer o manteve no cargo. O aliado Ciro Nogueira, já atolado na Lava Jato, teve a casa varejada pela Polícia Federal. Mas Temer faz questão de manter o partido dele, o PP, no comando de dois ministérios e da Caixa Econômica Federal.
O Brasil é presidido pela anormalidade. Mas o país vai se acostumando com o inaceitável. A economia reduz a marcha, o desemprego recrusdesce e Temer finge ser candidato à reeleição. Mas o que se vê ao redor é um Congresso anestesiado, um Judiciário titubeante, uma sucessão com quase duas dúzias de candidatos a estorvo e uma sociedade à espera da Copa do Mundo. Essa normalidade irradiada pelo governo Temer faz mal ao país. O presidente ri do Brasil. Banalizou-se a perversão.
05 de maio de 2018
Josias de Souza
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Essa frase de S.Excelência, "registre o meu sorriso", lembra-me a velha anedota da hiena...
m.americo
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