O comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas utilizou as redes sociais para dizer que está preocupado com o “constante emprego” das Forças Armadas em ações de segurança pública.
Em uma publicação no Twitter neste sábado (30), Villas Bôas voltou a se manifestar sobre o assunto, afirmando que os números da violência no país mostram que a segurança pública precisa ser tratada pelos governos estaduais “como prioridade zero”.
Na última sexta-feira (29), o governo federal autorizou o envio de 2 mil homens das Forças Armadas para o Rio Grande do Norte, estado que assiste a uma escalada da violência por conta da greve de policiais militares e civis.
TERCEIRA VEZ – Essa é a terceira vez só em 2017 que o Rio Grande do Norte recebe o apoio do Exército para fazer o patrulhamento das ruas. Os militares ajudarão na segurança na Grande Natal e em Mossoró, onde ataques, saques e arrastões estão acontecendo com maior frequência desde que a polícia deixou de atuar.
“Preocupa-me o constante emprego do @exercitooficial em “intervenções” (GLO) nos Estados. Só no RN, as FA já foram usadas 3 X, em 18 meses. A segurança pública precisa ser tratada pelos Estados com prioridade “Zero”. Os números da violência corroboram as minhas palavras”, escreveu o general na rede social.
Realizadas exclusivamente por ordem expressa da presidência da República, as missões da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ocorrem nos casos em que há, segundo o Ministério da Defesa, “o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem”.
OUTRAS CRÍTICAS – A manifestação deste final de semana do comandante do Exército contra o uso das Forças Armadas na segurança pública não é a primeira crítica pública de Eduardo Villas Bôas em relação ao assunto.
Em junho, em uma audiência pública em uma comissão do Senado, o general havia usado um tom ainda mais duro. À época, ele afirmou que o uso de militares em atividades de segurança pública é “desgastante, perigoso e inócuo”. Na ocasião, ele defendeu que o uso deste modelo, por meio de decretos presidenciais, seja repensado.
O próprio ministro da Defesa, Raul Jungmann, também já se manifestou contra os decretos de Garantia da Lei e da Ordem. Em uma audiência no Senado em junho, Jungmann destacou que há uma “banalização” do uso das Forças Armadas para ações de segurança pública por meio de decretos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Afinal, o que pretende o comandante do Exército, diante do caos na segurança pública? Quer manter as tropas nos quarteis, jogando futebol, vôlei e peteca? Não lhe envergonha transformar os militares em burocratas fardados, ao invés de adaptar as funções para servir à pátria na segurança pública, na engenharia de base, na assistência social e na formação dos jovens brasileiros. O que pretende o general Villas Bôas? Deveria ser mais explícito. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Afinal, o que pretende o comandante do Exército, diante do caos na segurança pública? Quer manter as tropas nos quarteis, jogando futebol, vôlei e peteca? Não lhe envergonha transformar os militares em burocratas fardados, ao invés de adaptar as funções para servir à pátria na segurança pública, na engenharia de base, na assistência social e na formação dos jovens brasileiros. O que pretende o general Villas Bôas? Deveria ser mais explícito. (C.N.)
01 de janeiro de 2018
Deu no G1
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