"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 18 de novembro de 2017

CLAMORES DE JUSTIÇA E BERTOLT BRECHT




Já me fizeram de trouxa várias vezes, e nunca me ofendi demasiado por isso, pois não me gabo de ser o mais esperto dos espertos. Mas, se um sujeito não tem outra arma na luta pela vida senão a astúcia, ser ludibriado é a mais humilhante das ofensas. Nenhuma ira se compara à do vigarista que cai na trama de outro vigarista. Isso explica noventa por cento do clamor de justiça que se ouve no Parlamento e na mídia.

*

Bertolt Brecht, ele mesmo um vigarista que roubava as peças escritas pela sua própria esposa, perguntava, pela boca do assaltante Mac The Knife: “Qual a diferença entre ROUBAR um banco e TER um banco?” Eu sei a diferença. O banquinho do interior no qual tenho conta jamais me roubou. Só me ajudou. Não posso dizer o mesmo dos bancos megabilionários pertencentes à grande burguesia que adora Bertolt Brecht.


18 de novembro de 2017
Olavo de Carvalho

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