ODEBRECHT ENTREGA DISCOS RÍGIDOS DE 'PROGRAMA' DA PROPINA
O Ministério Público Federal informou ao juiz federal Sérgio Moro que a empreiteira Odebrecht, a mais enrolada da Lava Jato, apresentou “cinco discos rígidos” ligados ao sistema 'My Web Day', o programa/software da propina da empreiteira. A cópia, segundo a força-tarefa da Operação Lava Jato, foi extraída por autoridades suíças.
“A empresa Odebrecht S/A, em 8 de agosto de 2017, em cumprimento à cláusula 6ª, inciso I, item ‘e’ do Acordo de Leniência firmado, veio apresentar cinco discos rígidos que informa conterem cópia forense extraída pelas autoridades suíças em servidor hospedado naquele país com dados relacionados ao sistema My Web Day utilizado pelo Setor de Operações Estruturadas, além de cópia dos dispositivos ‘iron key’ pertencentes aos colaboradores Luiz Eduardo da Rocha Soares e Ângela Palmeira Ferreira utilizados para acesso aos seus respectivos usuários do indicado sistema”, relatou a Procuradoria da República, no Paraná.
Segundo a força-tarefa, a empreiteira informou que os discos rígidos “também contêm cópia forense extraída pelas autoridades suíças em servidor hospedado naquele país com dados relacionados ao sistema Drousys, o que não se confunde com a cópia forense que já havia sido fornecida a partir da extração realizada em servidor hospedado na Suécia”.
A defesa do ex-presidente Lula vinha solicitando ao juiz federal Sérgio Moro acesso a essas informações no âmbito da ação penal sobre supostas propinas da Odebrecht ao ex-presidente. Em 13 de julho, o Ministério Público Federal afirmou que não tinha acesso ao sistema nem a cópia dele.
Na quarta-feira, 23, a força-tarefa da Lava Jato informou a Moro que recebeu os discos rígidos “apenas” no dia 8 e que a ação penal não foi instruída com “elementos” do sistema.
“Considerando que o Ministério Público Federal apenas em 8 de agosto de 2017 recebeu os discos rígidos que a empresa Odebrecht S/A informa conterem cópia forense de dados relacionados ao sistema My Web Day, enfatiza-se, mais uma vez, que a presente ação penal não foi instruída com nenhum elemento extraído diretamente pelo Ministério Público Federal do referido sistema My Web Day”, afirmou o Ministério Público Federal.
“Rememora-se que a presente ação penal foi proposta em 14 de dezembro de 2016, mas o Acordo de Leniência firmado entre o Ministério Público Federal e a Odebrecht S/A foi homologado por esse Juízo Federal apenas em 22 de maio de 2017. Os procedimentos de colaboração são de natureza dinâmica, impondo a colaboradora a apresentação de elementos de corroboração na medida em que são obtidos ou se tornam disponíveis, valendo destacar que a Secretaria de Pesquisa e Análise da Procuradoria Geral da República está procedendo ao levantamento e à identificação do material entregue.”
26 de agosto de 2017
diário do poder
EMPREITEIRA GARANTE QUE DISCOS RÍGIDOS ENTREGUES CONTÉM CÓPIAS FORENSES DOS PROGRAMAS MY WEB DAY E DROUSY, ALÉM DO DISPOSITIVO IRON KEY. |
O Ministério Público Federal informou ao juiz federal Sérgio Moro que a empreiteira Odebrecht, a mais enrolada da Lava Jato, apresentou “cinco discos rígidos” ligados ao sistema 'My Web Day', o programa/software da propina da empreiteira. A cópia, segundo a força-tarefa da Operação Lava Jato, foi extraída por autoridades suíças.
“A empresa Odebrecht S/A, em 8 de agosto de 2017, em cumprimento à cláusula 6ª, inciso I, item ‘e’ do Acordo de Leniência firmado, veio apresentar cinco discos rígidos que informa conterem cópia forense extraída pelas autoridades suíças em servidor hospedado naquele país com dados relacionados ao sistema My Web Day utilizado pelo Setor de Operações Estruturadas, além de cópia dos dispositivos ‘iron key’ pertencentes aos colaboradores Luiz Eduardo da Rocha Soares e Ângela Palmeira Ferreira utilizados para acesso aos seus respectivos usuários do indicado sistema”, relatou a Procuradoria da República, no Paraná.
Segundo a força-tarefa, a empreiteira informou que os discos rígidos “também contêm cópia forense extraída pelas autoridades suíças em servidor hospedado naquele país com dados relacionados ao sistema Drousys, o que não se confunde com a cópia forense que já havia sido fornecida a partir da extração realizada em servidor hospedado na Suécia”.
A defesa do ex-presidente Lula vinha solicitando ao juiz federal Sérgio Moro acesso a essas informações no âmbito da ação penal sobre supostas propinas da Odebrecht ao ex-presidente. Em 13 de julho, o Ministério Público Federal afirmou que não tinha acesso ao sistema nem a cópia dele.
Na quarta-feira, 23, a força-tarefa da Lava Jato informou a Moro que recebeu os discos rígidos “apenas” no dia 8 e que a ação penal não foi instruída com “elementos” do sistema.
“Considerando que o Ministério Público Federal apenas em 8 de agosto de 2017 recebeu os discos rígidos que a empresa Odebrecht S/A informa conterem cópia forense de dados relacionados ao sistema My Web Day, enfatiza-se, mais uma vez, que a presente ação penal não foi instruída com nenhum elemento extraído diretamente pelo Ministério Público Federal do referido sistema My Web Day”, afirmou o Ministério Público Federal.
“Rememora-se que a presente ação penal foi proposta em 14 de dezembro de 2016, mas o Acordo de Leniência firmado entre o Ministério Público Federal e a Odebrecht S/A foi homologado por esse Juízo Federal apenas em 22 de maio de 2017. Os procedimentos de colaboração são de natureza dinâmica, impondo a colaboradora a apresentação de elementos de corroboração na medida em que são obtidos ou se tornam disponíveis, valendo destacar que a Secretaria de Pesquisa e Análise da Procuradoria Geral da República está procedendo ao levantamento e à identificação do material entregue.”
26 de agosto de 2017
diário do poder
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