O escândalo envolvendo o agora deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) é muito claro para quem conhece e acompanha a política nacional em Brasília. Loures, que foi acusado, na delação do Grupo JBS, de ter recebido propina para ajudar o conglomerado dos irmãos Batista em questões relacionadas ao governo, jamais foi um esplendor da política verde-loura.
Isso significa que o parlamentar, que até a eclosão do escândalo era assessor do presidente Michel Temer, não tinha – e não tem – condições de cobrar pagamento de propina tão vultoso – R$ 500 mil por semana, ao longo de vinte anos -, pois jamais entregaria o que “vendeu”.
Na conversa que teve com Temer, o empresário Joesley Batista ouviu do presidente da República que para solucionar as demandas do grupo deveria procurar Loures. Uma delas era no âmbito do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão vinculado ao Ministério da Justiça.
Diante do cenário acima, Loures atuou como emissário de alguém hierarquicamente no caso da mala com R$ 500 mil que recebeu de Ricardo Saud, executivo do JBS, em conhecida pizzaria da capital paulista. A desculpa inventada poro Rodrigo Rocha Loures é tão farsesca, que seus advogados terão trabalho para defendê-lo na ação penal que há de surgir na esteira do escândalo.
Inicialmente, Loures alegou que o encontro com Saud foi para tratar de assuntos comerciais, já que ele é herdeiro de conceituada empresa do setor de alimentação (Nutrimental). Uma desculpa esfarrapada, pois ninguém sai de um encontro como o sugerido pelo deputado afastado com uma mala pesada nas mãos, sem saber o conteúdo da mesma.
Fosse a alegação de Rodrigo Loures minimamente verdadeira, seu comportamento ao deixar a pizzaria não seria de alguém extremamente nervoso e assustado que, sem saber o que carregava, colocou a “encomenda” no porta-malas de um táxi.
Ciente de que pode ser preso a qualquer momento, desde que o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) autorize, Rodrigo, talvez aconselhado por seus advogados, decidiu devolver a misteriosa mala à Policia Federal.
A mala foi devolvida pelo advogado de Loures na noite de segunda-feira (22), na Superintendência da PF em São Paulo. Contudo, um detalhe complicou o peemedebista paranaense. Segundo Ricardo Saud, a tal mala continha R$ 500 mil, mas o valor devolvido por Loures foi de R$ 465 mil.
Ou seja, em tese R$ 35 mil evaporaram no meio do caminho. Não se sabe se essa evaporação aconteceu entre a JBS e Loures ou entre Loures e a PF.
Na opinião do UCHO.INFO, a epopeia da mala é outra e bem diferente. Rodrigo Rocha Loures recebeu o dinheiro e entregou o valor a quem de direito – não se pode afirmar que tenha tirado a parte que eventualmente lhe cabia no negócio ilícito. Como o JBSgate saiu do controle, principalmente por conta do exílio dourado dos irmãos Batista, o deputado afastado correu para arrumar uma solução.
Loures estava em Nova York quando estourou o escândalo JBS, mas recebeu a tal mala dos sonhos depois de 7 de março, dia em que Michel Temer e Joesley Batista encontraram-se, na calada da noite, no Palácio do Jaburu, em Brasília.
Entre a fatídica reunião entre Temer e Joesley e o estouro do mais novo escândalo de corrupção passaram-se 40 dias, tempo suficiente para qualquer corrupto dar um destino à propina recebida. Loures mora em Curitiba e a mala foi recebida na cidade de São Paulo. Caso o deputado afastado viajou à capital paranaense de avião, a mala por certo passou pela equipamento de raio-X. Sendo assim, teria sido barrada pela fiscalização.
Contudo, a mala da felicidade pode ter sido repassada a alguém na cidade de São Paulo, que diante dos desdobramentos do caso resolveu devolver a dinheirama através de um terceiro, no caso o advogado de Rocha Loures.
Resumindo, o dinheiro da propina foi usado pelo corrupto (ou corruptos), que às pressas precisou reunir o mesmo valor para devolver à PF e tentar passar à opinião pública e à Justiça um falso “bom-mocismo”, algo que inexiste na seara da roubalheira que move a política dessa barafunda chamada Brasil.
O ainda deputado Rodrigo Rocha Loures tem o direito constitucional de não produzir provas contra si, mas o enredo desse imbróglio está muito mal escrito. Antes de um conhecido criminalista, Loures deveria ter contratado um roteirista de novela. Afinal, apenas alegar inocência é pouco para um retumbante escândalo de corrupção.
24 de maio de 2017
ucho.info
Na opinião do UCHO.INFO, a epopeia da mala é outra e bem diferente. Rodrigo Rocha Loures recebeu o dinheiro e entregou o valor a quem de direito – não se pode afirmar que tenha tirado a parte que eventualmente lhe cabia no negócio ilícito. Como o JBSgate saiu do controle, principalmente por conta do exílio dourado dos irmãos Batista, o deputado afastado correu para arrumar uma solução.
Loures estava em Nova York quando estourou o escândalo JBS, mas recebeu a tal mala dos sonhos depois de 7 de março, dia em que Michel Temer e Joesley Batista encontraram-se, na calada da noite, no Palácio do Jaburu, em Brasília.
Entre a fatídica reunião entre Temer e Joesley e o estouro do mais novo escândalo de corrupção passaram-se 40 dias, tempo suficiente para qualquer corrupto dar um destino à propina recebida. Loures mora em Curitiba e a mala foi recebida na cidade de São Paulo. Caso o deputado afastado viajou à capital paranaense de avião, a mala por certo passou pela equipamento de raio-X. Sendo assim, teria sido barrada pela fiscalização.
Contudo, a mala da felicidade pode ter sido repassada a alguém na cidade de São Paulo, que diante dos desdobramentos do caso resolveu devolver a dinheirama através de um terceiro, no caso o advogado de Rocha Loures.
Resumindo, o dinheiro da propina foi usado pelo corrupto (ou corruptos), que às pressas precisou reunir o mesmo valor para devolver à PF e tentar passar à opinião pública e à Justiça um falso “bom-mocismo”, algo que inexiste na seara da roubalheira que move a política dessa barafunda chamada Brasil.
O ainda deputado Rodrigo Rocha Loures tem o direito constitucional de não produzir provas contra si, mas o enredo desse imbróglio está muito mal escrito. Antes de um conhecido criminalista, Loures deveria ter contratado um roteirista de novela. Afinal, apenas alegar inocência é pouco para um retumbante escândalo de corrupção.
24 de maio de 2017
ucho.info
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