"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

CONTA DE FALSO EMAIL PODE SER RASTREADA E SERVIR DE PROVA CONTRA DILMA

Resultado de imagem para e-mail falso de dilma
E-mail falso foi registrado no Cartório Giovanetti
Ao contrário do ex-presidente Lula, conhecido por ser um agregador, a ex-presidente Dilma Rousseff sempre franqueou a poucos o livre acesso a seu gabinete e sua residência. João Santana e Mônica Moura eram dois desses poucos escolhidos.
Ao longo dos mais de cinco anos de governo da petista, o espectro de Santana rondou o Planalto. Tudo o que dava certo na comunicação do governo era atribuído ao publicitário e boa parte dos erros eram colocados na conta de suas ausências.
Quem acompanhava o dia a dia do governo era volta e meia surpreendido pela informação — nunca oficial — de que o publicitário baixara em Brasília e ia jantar com a presidente no Alvorada. Era sinal de que havia algum debate estratégico em pauta.
INTIMIDADE – Paralelamente, Mônica Moura transitava na intimidade da presidente, se tornando uma conselheira frequente inclusive sobre estilo. Não à toa, a delação de João Santana e Mônica é de longe a pior já surgida sobre a ex-presidente.
Enquanto a maioria dos delatores da Lava-Jato conviveu com parlamentares e tesoureiros — postos nunca ocupados por Dilma —, o publicitário e a mulher cultivaram um acesso incomum à presidente, que notoriamente centralizava os assuntos que considerava importantes.
Embora a narração de conversas francas sobre caixa dois e o avanço das investigações impressione, são os dados da conta de e-mail partilhada entre eles que parecem abrir o mais sólido caminho de investigação. Diálogos de jardim e recursos recebidos em dinheiro vivo são de difícil comprovação. O uso de e-mails não.
REGISTRO DO IP – O Google certamente teve por algum período os registros dos IPs (endereços únicos da internet) que acessaram a fatídica conta de e-mail, com dia e hora em que ela foi utilizada.
Se for verdade o que está na delação, provavelmente entre esses endereços estão os usados pelas redes que atendiam aos palácios da Alvorada e do Planalto. E o serviço de processamento do governo, por sua vez, pode saber inclusive qual máquina foi usada.

15 de maio de 2017
Paulo Celso PereiraO Globo

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