"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

GEDDEL ("BOCA DE JACARÉ") OBRIGOU FHC A NOMEAR PADILHA PARA O MINISTÉRIO


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Funaro diz que Geddel era “boca da jacaré” nas propinas
Numa mensagem interceptada pela Polícia Federal, o doleiro Lúcio Funaro chama Geddel Vieira Lima de “boca de jacaré”. 
É uma referência à gula que, de acordo com ele, o ex-ministro demonstrava nas negociações para liberar empréstimos da Caixa. 
“Esse cara acha que eu tenho uma impressora”, reclama. Uma impressora de dinheiro, claro.
Na sexta-feira 13, a PF fez buscas em dois endereços de Geddel na Bahia. Os investigadores suspeitam que o ex-ministro beneficiou empresas e traficou informações sigilosas em troca de propina. 
Ele é acusado de integrar uma “quadrilha” com o ex-deputado Eduardo Cunha.
Geddel e Cunha são velhos integrantes do PMDB da Câmara. No segundo volume dos “Diários da Presidência”, Fernando Henrique Cardoso reclama do apetite do grupo para devorar nacos da máquina federal. 
Ele conta que Geddel ameaçou retaliar o governo se o aliado Eliseu Padilha não fosse promovido a ministro. 
“Não vou nomear Eliseu Padilha nenhum, porque esta pressão está cheirando mal”, anotou FHC, em abril de 1997. No mês seguinte, Padilha virou ministro dos Transportes.
ALIADOS DE TEMER – Geddel, Cunha e Padilha são velhos aliados de Michel Temer. Os peemedebistas continuaram a trocar apoio por cargos nos governos petistas. Com o impeachment, passaram a mandar sem intermediários.
Depois da batida na casa de Geddel, o Planalto tentou disseminar a versão de que Temer estaria “aliviado”. O presidente não teria motivos para se preocupar, já que o aliado deixou de ser ministro.
Ao menos dois fatos sugerem que o discurso tem pouca conexão com a realidade. 
O relatório da PF vincula Roberto Derziê, ligado a Temer, a uma operação suspeita de R$ 50 milhões na Caixa. 
Em dezembro, o presidente assinou sua nomeação para a cúpula do banco. Sem foro privilegiado, o falante Geddel também ficou mais próximo da fila das delações. 
Quem conhece o jacaré sabe o estrago que sua boca pode causar. (artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)

16 de janeiro de 2017
Bernardo Mello Franco
Folha

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