"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 1 de março de 2016

PT CRITICA DILMA E PEDE ADOÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA DE LULA



O presidente do PT, Rui Falcão, discursa ao lado do ministro Jaques Wagner em evento da sigla no Rio
Pelos semblantes, festa de aniversário do PT mais parece um velório



















Reunido no Rio para comemoras o 36º aniversário de fundação, o PT atacou o ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff e propôs um “programa nacional de emergência” para mudar a política econômica. O texto, aprovado pelo diretório nacional do partido, pede a redução dos juros, o aumento do gasto público e o uso das reservas cambiais para financiar obras.
Os petistas também defenderam um reajuste de 20% no Bolsa Família e a elevação de impostos sobre os mais ricos.
“A lógica das propostas é retomar o núcleo da política econômica do governo Lula”, resumiu o presidente do partido, Rui Falcão.
O programa petista faz duras críticas à política econômica adotada após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014. O texto diz que o ajuste fiscal “não teve os resultados esperados, ao menos no que diz respeito aos interesses das camadas populares”.
IMPOSTOS E CPMF
Para taxar os mais ricos, o PT propôs o aumento dos impostos sobre herança e grandes fortunas, a tributação de lucros e dividendos e a cobrança de IPVA sobre iates e aviões. Numa rara concordância com o governo, o partido também defendeu a recriação da CPMF.
Nos debates internos, houve críticas ao ministro Nelson Barbosa (Fazenda), que substituiu Joaquim Levy em dezembro do ano passado.
CRÍTICAS A DILMA
Os petistas se queixaram da ausência de Dilma no 36º aniversário do PT, neste sábado. Ela está no Chile e não havia confirmado presença na festa da sigla.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) reclamou do aval do Planalto às mudanças na lei do pré-sal, aprovadas pelo Senado na quarta-feira (24). “A Dilma está querendo se distanciar do PT. É um movimento consciente”, afirmou.
A direção do PT tentou contemporizar. Ao abrir o debate, Falcão pediu moderação nas críticas ao Planalto. E o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) disse que a posição de Dilma sobre o pré-sal nunca mudou e que o governo vai trabalhar para que a exclusividade da Petrobras seja mantida na Câmara.
AMEAÇA À DEMOCRACIA
Em outra resolução, o PT apontou “ameaça à legalidade democrática” na Operação Lava Jato. O texto protesta contra “delações sem prova, vazamentos seletivos e investigações unilaterais”.
O documento diz que o ex-presidente Lula é vítima de uma campanha “vil e asquerosa” para impedi-lo de disputar as eleições de 2018.
O PT também criticou a retomada da ação do PSDB no Tribunal Superior Eleitoral que pede a cassação da chapa vitoriosa em 2014. Na reunião fechada, Jaques Wagner disse que há um “movimento golpista” contra Dilma.

01 de março de 2016
Bernardo Mello Franco, Paulo Gama e Bruno Villas Bôas
Folha

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