"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 27 de dezembro de 2015

ENCHENTES NO RS

DILMA DIZ QUE É PRECISO RETIRAR PESSOAS DE ÁREAS DE RISCO
COMO SEMPRE, DILMA APENAS SOBREVOOU VÍTIMAS E PROMETEU AJUDAR


A PRESIDENTE SOBREVOOU AS REGIÕES ATINGIDAS PELAS ENCHENTES FOTO: ROBERTO STUCKERT FILHO

Como sempre faz, a presidente Dilma Rousseff apenas sobrevoou deste sábado (26) as áreas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Depois, longe das enchentes, reuniu-se com prefeitos gaúchos para ouvir pedidos e prometer ajuda. Ela disse ao final que é preciso retirar, de forma permanente, as pessoas das áreas de risco.

As enchentes dos últimos dias castigaram principalmente a Fronteira Oeste e a Região Central do Estado, deixando milhares de pessoas fora de casa durante o Natal. Após o encontro, em breve conversa com a imprensa na cidade de Uruguaiana, a presidente disse que o governo federal está trabalhando em três frentes para ajudar os municípios, em conjunto com as autoridades estaduais e as prefeituras: a primeira é o resgate das famílias atingidas; a segunda é a recuperação das cidades, principalmente das estradas vicinais; e a terceira é a retirada definitiva das pessoas das áreas de risco.

"Quando a gente olha a questão de retirada das pessoas da área de risco, temos que ver uma situação que seja permanente, daí a importância do programa Minha Casa Minha Vida", afirmou Dilma. Segundo ela, um dos requisitos do programa é que as zonas consideradas impróprias fiquem impedidas de receber novas moradias no local.

Dilma disse que o governo federal tem acompanhado de perto vários momentos de desastre, e citou a tragédia da cidade mineira de Mariana, que foi destruída após o rompimento de uma barragem. Voltando a falar do Rio Grande do Sul, reforçou a importância de que as famílias afetadas pelas enchentes sejam realocadas de forma definitiva. "Nós não queremos que as pessoas voltem para o lugar em que estavam antes e que foi objeto do alagamento. Senão vamos ficar, usando uma expressão popular, enxugando gelo", declarou.

Ela também alertou para a necessidade de cooperação entre as esferas federal, estadual e municipal. "É muito importante que haja esta integração para que as pessoas sejam atendidas e possam retornar à sua tranquilidade. É uma situação muito difícil, principalmente nesse momento de festas", disse.

A presidente anunciou que o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, que participou da agenda deste sábado, voltará ao Rio Grande do Sul na próxima semana para fazer uma discussão sobre ações concretas e imediatas que podem ser tomadas, como a liberação dos recursos do FGTS para os cidadãos das regiões prejudicadas.

Ela também afirmou que muitas das cidades atingidas são áreas agrícolas, principalmente de plantio de arroz. De acordo com a presidente, os prefeitos manifestaram preocupação com relação ao possível comprometimento da safra. "Vou conversar com a ministra da Agricultura (Kátia Abreu), para ver o que é possível fazer", disse. "Outra questão é esta de recompor, dentro das nossas possibilidades, as estradas vicinais. Não temos como recompor todas, mas vamos fazer aquele primeiro socorro que vai ajudar a ter trânsito nesses locais."

Dilma disse que falaria por pouco tempo porque tinha que retornar rapidamente a Porto Alegre (onde passou o Natal com a família), e que, possivelmente, voltaria ainda neste sábado para Brasília.

A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto confirmou que ela deve embarcar para a capital federal nesta tarde. A filha da presidente, Paula, que mora na capital gaúcha, está na reta final de sua segunda gravidez. Inicialmente, havia a expectativa de que Dilma pudesse estender sua estada em Porto Alegre até domingo à noite ou segunda-feira de manhã.

Números

De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado, na sexta-feira, mais de 1.795 famílias de 38 municípios foram afetadas pelas chuvas dos últimos dias no Rio Grande do Sul. Ainda conforme este boletim, nove cidades gaúchas ainda têm moradores desalojados ou desabrigados: Agudo, Alegrete, Barra do Quaraí, Itaqui, Jaguari, Quaraí, Rosário do Sul, São Borja e Uruguaiana. Até agora, 12 municípios decretaram situação de emergência.

O próximo informativo da Defesa Civil Estadual só sairá na tarde deste sábado, mas a equipe que atua na área mais atingida já adiantou que a situação se agravou por causa da cheia dos rios. Conforme informações preliminares, só na Fronteira Oeste o número de famílias afetadas passa de 1.800.

A presidente Dilma Rousseff saiu neste sábado de manhã da Base Aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, e chegou por volta das 10h30 a Uruguaiana, que fica a mais de 600 quilômetros da capital gaúcha. Ela estava acompanhada do governador em exercício, Edson Brum (PMDB), do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e do secretário nacional da Defesa Civil, Adriano Pereira Junior. Eles sobrevoaram durante dez minutos algumas zonas alagadas e, na sequência, se reuniram com prefeitos dos municípios mais atingidos. O encontro durou mais de uma hora.(AE)


27 de dezembro de 2015
diário do poder

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