"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 29 de agosto de 2015

DEVASSANDO O LOBBYSMO PETRALHA

CPIS TENTAM DEVASSAR RELAÇÕES ÍNTIMAS DE LULA COM EMPREITEIROS


Lula e Odebrecht, tudo a ver
As três CPIs bancadas por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara tentam chegar ao envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com empreiteiros. Numa das frentes, as comissões aprovaram requerimentos para ouvir executivos presos pela Operação Lava Jato, ex-presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento e Social (BNDES) e o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil de Lula). Em outra, interpelaram petistas próximos à cúpula da sigla.
Logo após ter anunciado seu rompimento com a gestão Dilma, Cunha deu prosseguimento à criação de duas CPIs contrárias aos interesses do governo e do PT: BNDES e Fundos de Pensão. Elas se somaram à da Petrobras, ativa desde o 1.º semestre.
Esta semana. na CPI da Petrobras, além de Dirceu, foi convocado o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar. Em relatório da 14 ª fase da Lava Jato, a PF informou ao juiz Sérgio Moro que Lula conversou com Alexandrino em 15 de junho, quatro dias antes de o executivo e Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira, serem presos. Segundo o relatório, Lula estaria preocupado com “assuntos do BNDES”. A PF não grampeou Lula. Os investigadores monitoravam Alexandrino.
OUTROS CONVOCADOS
Foram aprovadas ainda as convocações de César Rocha e Márcio Faria, executivos da Odebrecht; Jorge Zelada, ex-diretor de Internacional da Petrobras; Celso Araripe de Oliveira, ex-gerente da Petrobras; Fernando de Moura, considerado elo do PT e de Dirceu na Petrobras; e Elton Negrão, executivo da Andrade Gutierrez. Anteriormente, já havia sido convocado Marcelo Odebrecht. Dirceu será ouvido segunda-feira em Curitiba, onde está preso desde julho.
Lula e a cúpula do PT avaliam que o risco de Dilma ter o mandato abreviado diminuiu nos últimos dias após ela ter se aproximado do empresariado. O alvo dos adversários agora é impedir que Lula e o PT cheguem em boas condições de disputa às eleições de 2018
Segundo um interlocutor de Lula, o ex-presidente está convencido de que os objetivos dos adversários agora são enfraquecer a imagem dele próprio e “aniquilar” o PT até a eleição de 2018. A principal arma da oposição seria a Operação Lava Jato.
NA CPI DO BNDES
A CPI do BNDES ouviu quinta-feira o presidente do banco, Luciano Coutinho. Nos questionamentos, o alvo prioritário foi Lula. Antes mesmo de Coutinho começar a falar, foi aprovada a convocação de todos os presidentes do banco de 2003 a 2015 – período que engloba os governos Lula e Dilma.
Dentre eles, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que comandou a instituição de novembro de 2004 a março de 2006. Na lista estão ainda Eleazar de Carvalho Filho (nomeado pelo tucano Fernando Henrique Cardoso), Carlos Lessa e Demian Fiocca.
Em cerca de seis horas de depoimento, Coutinho teve de responder por mais de uma vez se Lula interferia no BNDES. Isso porque os parlamentares levantaram coincidências entre os países que receberam financiamentos do banco e aqueles que são alvo das ações do Instituto Lula na América Latina e na África.
FUNDOS DE PENSÃO
A CPI dos Fundos de Pensão interrogou o diretor-presidente da Funcef, Carlos Alberto Caser. Os questionamentos abordaram desde o fato de ser filiado ao PT e defender o partido em sua página no Facebook até a influência de sua preferência partidária nos investimentos do fundo. A Sete Brasil, empresa alvo da Lava Jato e na qual o fundo mantém investimentos, foi citada.

29 de agosto de 2015
Deu no Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário