"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 28 de junho de 2015

APERTEM OS CINTOS, PIB PODE CAIR ATÉ 2,2% ESTE ANO



Na avaliação de Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora, veremos, neste ano, ao menos três trimestres consecutivos de queda do Produto Interno Bruto (PIB), algo sem precedentes em pelo menos um quarto de século. Se os cálculos dele estiverem corretos, a contração da atividade será de 2,2% em 2015, podendo cair mais 0,5% em 2016. Ele ressalta que o governo criou um ambiente tão hostil na economia, que, desde o primeiro trimestre de 2013, os investimentos produtivos só caem.
“Assisti, nas últimas semanas, à apresentação de pelo menos 40 empresas com ações negociadas em bolsa de valores. Somente duas disseram que não cortariam investimentos”, afirma. No entender dele, não é apenas o setor privado que está paralisado. Todo o setor público — União, estados e municípios — está à míngua, com receitas em queda, tendo que interromper obras. O Brasil simplesmente parou. “É por isso que o desemprego está em disparada. Não será surpresa se as taxas chegarem ao fim do ano em dois dígitos”, emenda.
LADEIRA ABAIXO
Para Silveira, por mais que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, diga que o ajuste fiscal não está ajudando a afundar a economia, a incapacidade do governo de gastar empurra, sim, o PIB ladeira abaixo. “Hoje, simplesmente não existe o gastador de última instância. Os empresários não investem, o governo está cortando gastos e as famílias, reduzindo o consumo”, assinala.
Portanto, quando Levy diz que o país está vivendo uma “ressaca”, e que ela passará, está jogando para a plateia. O Brasil está doente e a doença foi provocada nos quatro primeiros anos do governo Dilma. Curar o país levará muito mais tempo do que se livrar de uma simples ressaca.

28 de junho de 2015
Vicente Nunes
Correio Braziliense

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