"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

PETROBRAS JÁ DESTRUIU AS PROVAS DO ENVOLVIMENTO DE DILMA



Gravações de Dilma no Conselho foram todas apagadas
É um primor de desfaçatez a nota oficial da Petrobras sobre a destruição dos registros de áudio das reuniões do Conselho de Administração da companhia. Segundo o comunicado, as normas adotadas pela empresa preveem que as gravações das reuniões sejam eliminadas depois de aprovada a ata dos encontros.
Trata-se de previsão contida no Regimento Interno do Conselho, comprovadamente desde 1968, e mantida nas diversas revisões realizadas até hoje, com destaque à revisão aprovada pelo Conselho de Administração em 28/06/2002, quando todos os documentos de governança, entre eles o Regimento Interno do conselho, foram adequados à reforma da Lei das S.A. e a projeto de ingresso no Nível 2 da Bolsa de Valores de São Paulo”, informa.
A nota explica ainda que somente a partir da Operação Lava Jato, em outubro de 2014, a companhia, por orientação dos escritórios de advocacia contratados, passou a não mais destruir os áudios das reuniões do Conselho de Administração ainda existentes. “Essa medida permitiu que a companhia mantivesse preservados os áudios das reuniões de setembro de 2014 até os dias atuais”, acrescenta o informe.
DEGRADAÇÃO ABSOLUTA
É impressionante constatar o nível de degradação a que chegaram os dirigentes da Petrobras. Demonstram que realmente não têm dignidade. Suas pretensas justificativas para destruição dos áudios das reuniões do Conselho chegam a ser ridículas, patéticas, grotescas.
Baseiam-se numa antiga regra, adotada em 1968, quando as gravações eram analógicas e feitas em rolos (fitas de longa duração). Naquela época, as fitas eram apagadas para possibilitar que fossem reutilizadas na gravação de outras reuniões, até porque era difícil comprar esse tipo de fitas, tinham de ser importadas.
Depois, as reuniões do Conselho passaram a ser gravadas em fitas cassete, fartamente disponíveis, já não havia necessidade de reaproveitamento. E tudo ficou muito mais fácil a partir dos anos 90, quando houve a informatização da empresa e as reuniões passaram a ser gravadas em computador, os registros nem podem mais ser destruídos, apenas apagados da memória, embora a nota oficial divulgada sábado ainda se refira expressamente à “destruição dos registros de áudio de reuniões do Conselho de Administração da Petrobras“.
É inconcebível que, na tentativa de justificar a destruição de provas que impliquem diretamente a presidente da República nos escândalos administrativos, a diretoria alegue a necessidade de cumprimento de uma norma regimental já totalmente caduca e em desuso há décadas.
Em qualquer país minimamente civilizado, isso seria considerado crise de lesa-pátria, os dirigentes da Petrobras seriam algemados e seguiriam diretamente para o cárcere. Aqui no Brasil, porém, esse tipo de golpe ainda é aceito. A empresa divulga a nota oficial se autoincriminando, mas não acontece nada. A mídia se cala, o Ministério Público some, a Polícia não é acionada. É desanimador.
O HOMEM  CERTO
Diante desse quadro vergonhoso, fica mais do que explicado por que a presidente Dilma Rousseff nomeou para presidir a Petrobras um executivo desonrado como Aldemir Bendine, cuja reputação está manchada por diversas irregularidades cometidas à frente do Banco do Brasil, especialmente o tratamento privilegiado concedido por ele à sua amiga íntima (digamos assim) Valdirene Marchiori, mais conhecida como Val.
Como se dizia antigamente, Bendine é o homem certo, no lugar certo, para defender os interesses de Dilma Rousseff e do PT. Para defender os interesses nacionais, é claro, ele realmente não serve, porque não tem esse perfil. É apenas mais um dos muitos carreiristas que infelicitam esta Nação.

11 de maio de 2015
Carlos Newton

2 comentários:

  1. ISSO resume não apenas este caso, mas o de muitos na nossa pobre República, cada vez mai semelhante a uma republiqueta de abacaxis e similares...pois nem banana temos: "Como se dizia antigamente, Bendine é o homem certo, no lugar certo, para defender os interesses de Dilma Rousseff e do PT. Para defender os interesses nacionais, é claro, ele realmente não serve, porque não tem esse perfil. É apenas mais um dos muitos carreiristas que infelicitam esta Nação."
    Rezemos, Americo.
    Abraço do Beto.

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  2. Como vai Adalberto.
    Vivemos um tempo de insanidade como esta República jamais assistiu.
    Tempos de canalhice, de banditismo, de criminosos que se apoderaram do Estado, montaram uma oligarquia sindicalista corrupta, e continuam seguindo a cartilha gramscistas, infiltrando-se em todas as instituições.
    Silenciosamente, como cupins, estão destruindo o alicerce moral da nação, desacreditando o país não apenas ante os nossos olhos, mas também internacionalmente, transformando-o, com certeza em anedotas e charges desmoralizantes.
    E o que causa espécie, é a silenciosa marcha para um destino sabidamente autoritário, tipo bolivariano ou cubano, orquestrado pelo Fórum de São Paulo.
    Mas pode-se observar que os caminhos traçados seguem orientação internacionalista, pois os mequetrefes deste partideco não ousariam tanto, não só por falta de uma estratégia inteligente, mas por não terem quadros que pudessem conduzir o processo, pois o 'canabrava' já era, com seu carisma de palanqueiro mentiroso.
    Contudo, continuamos nesse "cabo de força" puxando com as ferramentas de que dispomos.
    Grato pelo seu comentário.
    Um abraço.

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