"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 8 de março de 2015

PATÉTICA





Patética a recente declaração da Presidente Dilma, afirmando que o país está em uma nova fase de "enfrentamento de crise". 

Adiantou, na mesma ocasião, que o governo terá que tomar medidas para lidar com a situação, o que é evidente. 

Nem haveria necessidade da Presidente lembrar a população a respeito das enormes dificuldades, na medida em que elas são evidentes e concretas - desemprego aumentando e inflação alta chegando. 

O Brasil, caiu, em 2002 , numa armadilha impregnada, à época,  de histeria eleitoral, resultando na elevação ao poder do PT, cujos mandatos, desde então, vêm se caracterizando por medidas demagógicas e populistas, sem controle de gastos, visando à busca de votos. 

Ao instalar, simultaneamente, ao longo dos mais de 12 anos, uma atmosfera de corrupção nunca vista, associada a incompetências, com tentáculos em setores importantes do estado, como a condução da política externa e a economia, foi inevitável a  convergência para o presente impasse que deixa toda a sociedade apreensiva. 

O que espanta, porém, é o tom tranquilo da Presidenta ao abordar a questão, parecendo um analista externo e objetivo do atual quadro, sem a menor responsabilidade pela sua construção. 

Que tal se, além de alertar a população para os imensos problemas, acrescentar um "mea culpa", mesmo que sutil? 

Ou será que se pensa capaz de convencer o país, como está tentando, provavelmente conforme orientação de seus marqueteiros, que tudo que está ocorrendo é culpa de governos anteriores? 

08 de março de 2015
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

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