"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

UMA DATA PARA LEMBRAR A ETERNA LUTA PELOS DIREITOS CIVIS

   


 
As notícias que chegavam da Europa eram recebidas nos Estados Unidos com imensa revolta e apreensão. Karl Marx havia lançado (1848) o Manifesto do Partido Comunista e escrevia artigos violentíssimos nos jornais alemães e franceses – o que causou sua expulsão destes dois países. Marx insurgia-se contra o feudalismo (distribuição de terras entre amigos), frisando: “Quem trabalha, não lucra: quem lucra, não trabalha”. Foi o primeiro a falar em direitos trabalhistas.
 
A Comuna de Paris (1871) foi esmagada em 72 dias, mas ficou conhecida como ‘A Alvorada de Março’, pela sua contundente luta contra o feudalismo. “O poder do estado, que parecia planar bem acima da sociedade, era, todavia, ele próprio, o maior escândalo desta sociedade e, ao mesmo tempo, o foco de todas as corrupções”.
Naquela ocasião (século 19), os trabalhadores lidavam com objetos cortantes como lâminas, facas e serras sem qualquer treinamento ou proteção, o que causava mortes e/ou mutilações. A jornada diária de trabalho era de 16 (dezesseis) horas, sendo que o que era considerado quase que unicamente era a tarefa em si – que deveria ser concluída mesmo se o operário estivesse cansado ou doente. Não raro, os supervisores açoitavam os operários, cobrando deles energias que já não tinham.
 
Em 01 de maio de 1886 realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago/Estados Unidos, cuja finalidade era obter a redução da jornada diária de trabalho de 16 para 8 horas. Enfrentaram a polícia e oito morreram.

MORTES DE LADO A LADO
 
No dia 03 de maio, nova manifestação, com mais mortes. Dia seguinte … outra manifestação como protesto. Mortes de lado a lado! Os trabalhadores estavam lutando!
Três anos mais tarde, em 20 de junho, a Segunda Internacional Socialista, em Paris, reuniu-se e decidiu convocar anualmente seus integrantes para novas manifestações com o objetivo de prosseguir lutando pela redução da jornada diária de trabalho.

A data escolhida foi o Primeiro de Maio, como homenagem às lutas de Chicago, que resultou na morte por enforcamento de oito líderes trabalhistas norte-americanos naquele dia de 1886.
Vale registrar que nos Estados Unidos o Primeiro de Maio não é comemorado como o Dia do Trabalhador, preferem a primeira segunda-feira de setembro, desde 1894.
“É melhor assim, pois emendamos o fim de semana para fazer ‘picnics’, é a justificativa.
Viva o Trabalhador! O pilar maior, a razão de ser de todas as sociedades!
01 de maio de 2014
Almério Nunes

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