NATAL é a consagração da família. Temos no presépio, uma criação de São Francisco de Assis, o símbolo maior dessa consagração, pois é nele, através da Sagrada Família, que se criou a noção de família cristã do ocidente. No centro desse símbolo, como expressão e fundamento do amor, o menino Jesus, o menino santo, o filho de Deus, que iluminaria o mundo que o elegeu como esperança de futuro, de uma sociedade apaziguada pelo amor e pelos laços de fidelidade.
Nos dias que correm, pouco sobrou dos princípios que deveriam reger o Natal, como a festa do advento de Jesus. Ficou o Natal com uma cara pagã, em que o cristão se refestela em sua mesa, farta de acepipes e bebidas, para 'homenagear' o Cristo... Ou para se divertir com aquele , palhaço vestido de vermelho, com uma touca ridícula, que as crianças foram ensinadas a pedir presentes ao 'papai Noel'... Quantas saberiam que aquela festança, privilégio de poucos, não era para o 'palhaço de vermelho'? Que aquele pinheiro nevado, cheio de penduricalhos, não passa de uma grande fantasia que mistifica a chegada do grande milagre do Filho de Deus! A ridícula carruagem puxada por renas... negócio mais idiota!
Alguns (ou muitos) dirão que é uma crueldade desmistificar o natal de Noé, que encanta o mundo infantil. Talvez, se refletissem um pouco mais, percebessem que a futilidade que inoculam no espírito das crianças, o princípio do consumismo, é a ilusão momentânea, a grande mentira que substitui a verdade do nascimento do Cristo, o Redentor das nossas dores. Aprenderiam muito mais as crianças, se fossem iniciadas no sagrado mistério do advento do menino Jesus. Aprenderiam a olhar o presépio, não como uma vitrine de personagens desconhecidos, mas como a chegada de um novo mundo submetido às novas leis, que aquele menino santo iria impor a humanidade. Talvez não impor, mas expor os descaminhos do mundo.
Poderia desejar um feliz Natal aos meus amigos que passam por aqui, mas seria uma hipocrisia, estamos encerrando o ano de 2020 com uma pandemia, um vírus robótico, que nos tirou o direito de dividir com familiares, a alegria cristã da comemoração natalina. E muitas famílias estão chorando os seus mortos. Um Natal enlutado.
O que nos aguardará o ano de 2021? O que dizem as pitonisas? Chegamos ao "juízo final", ou aguardaremos ainda, o princípio da dores? As pitonisas guardam o silêncio... Sequer murmuram...
E continuemos com o nosso espetáculo de insanidade!
24 de dezembro de 2020
m.americo
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