"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 16 de julho de 2019

UMA PEQUENA AMOSTRA DO SOCIALISMO BRASILEIRO, EM NÚMEROS

Se o socialismo é o confisco da propriedade privada, então estamos bem perto de um




Em meu trabalho como analista financeiro, lido com números de empresas de todos os tipos e setores.

Ao longo da rotina de trabalho e das muitas planilhas e relatórios, os valores absolutos dos números quase chegam a se perder. Passamos muito tempo avaliando a rentabilidade dos ativos, a produtividade da operação, a gestão de capital de giro etc.

Já os impostos, aqueles números grandes nas cabeças e rodapés de todas as demonstrações financeiras, recebem atenção reduzida, pois são um "dado da realidade", de modo que muito pouco se pode fazer para alterar seu valor e consequente efeito sobre o restante das contas.

Contudo, na última semana, uma demonstração financeira me deixou perplexo.

Eu estava avaliando as contas de um cliente. Sua empresa é uma indústria de beneficiamento de aço que está passando por maus bocados devido à situação econômica do país. Verifiquei que a firma havia faturado cerca de R$ 13 milhões no mês anterior. Deste total, algo em torno de R$ 3,7 milhões (28%) foram pagos apenas em impostos sobre vendas por meio das alíquotas de PIS, COFINS, IPI e ICMS.

Fiquei perplexo ao notar a quantidade de dinheiro que o estado levava antes mesmo de a empresa receber pelas vendas efetuadas.

Continuando a análise das contas, vi que, após o pagamento aos fornecedores, funcionários, prestadores de serviço e credores financeiros, sobrava muito pouco para o empresário em termos percentuais. Para ser mais específico, após o pagamento de todas as contas operacionais e de mais um esbulho estatal (IRPJ e CSLL), sobrava para o empresário algo em torno de R$ 400 mil.

O leitor pode pensar: "ah, mas R$ 400 mil por mês não é nada mal!"

Contudo, qualquer impressão de altos lucros cai por terra após se verificar que o montante equivale a apenas 3% de todo o faturamento da empresa.

Social(ismo)-democracia

Passei o resto daquele dia pensando no escândalo que aqueles números representavam.

Como é possível o estado levar, de boa, sem resistência, quase 30% do que a empresa produz, e sem que ele tenha tido qualquer participação nos riscos do empreendimento?

Eis a realidade: a social-democracia conseguiu um feito jamais realizado pelos socialistas originais: a tomada, ainda que furtiva, dos meios de produção.

Marx acreditava que, se o estado (no caso o estado-proletário) tomasse os meios de produção, o caminho para o comunismo paradisíaco estaria aberto. O que ele não previu é que a planificação econômica seria o prenúncio do colapso de recursos, o qual resultaria em desabastecimento generalizado, inanição, gastos irracionais, morte etc.

Mises previu, muito antes da queda do muro de Berlim, que nem o socialismo soviético nem qualquer outro modelo socialista poderiam prosperar em função de um único fator: a ausência do cálculo econômico sob o socialismo. Não há como existir cálculo econômico sem a propriedade privada dos meios de produção. E isso leva a uma alocação totalmente irracional dos recursos.

Cientes da impossibilidade da apropriação física dos meios de produção, os socialistas modernos (agora social-democratas) tiveram uma ideia brilhante: por que, em vez de tomar os meios de produção, não tomar apenas o resultado da produção?

Não poderia haver ideia mais genial. Se, em um estado socialista, alguém obtém renda por meio do aluguel de imóveis, os imóveis seriam confiscados e passariam a ser propriedade do governo. Já em um estado social-democrata, o governo permite que a propriedade continue a ser nominalmente de seu dono original, sendo confiscada apenas a riqueza produzida (o aluguel).

Este segundo arranjo é bem mais duradouro: tal modelo de confisco evita o risco de colapso que aflige o socialismo tradicional, já que, sendo os bens de capital privados, seus donos se esforçarão para maximizar os retornos e ainda se valerão de um sistema de preços relativamente livre para tomar suas decisões. Desta forma, o esbulho governamental é incomparavelmente mais eficiente e sustentável.

Não é desarrazoado dizer que o governo sempre atua para maximizar seu confisco, deixando para o produtor apenas o suficiente para que ele não desista da atividade, e assim continue gerando riqueza para ser confiscada pelo estado. Este era o caso do meu cliente.

Sim, um empresário que receba R$ 30, 40, 50 mil por mês está em condição muito superior ao restante da população em termos absolutos; porém, quando se compara o total efetivamente recebido com o volume de riqueza produzido, é possível sentir até pena do sujeito. No caso do meu cliente, o total levado pelo estado equivalia a 9,3 vezes o montante embolsado pelo empresário.

No entanto, ainda que o estado fique com a maior parte da produção, permanecer na atividade é melhor do que se tornar um assalariado.

O esbulho em números

Como dito, o total levado pelo estado na empresa do meu cliente equivalia a mais de 9 vezes o lucro dos sócios. Sendo assim, irei agora relatar o mesmo processo observado em algumas das empresas mais bem administradas do país.

Elas foram escolhidas para este exemplo por serem líderes em seus respectivos mercados e por possuírem em seus quadros alguns dos melhores profissionais disponíveis. As empresas escolhidas foram Ambev, Magazine Luiza e WEG. Todas elas são empresas com capital aberto em bolsa e seus balanços são divulgados na central de relacionamento com o investidor em seus respectivos sites.

Todos os dados são relativos apenas ao 1º trimestre de 2019, ou seja, não correspondem ao exercício completo (1 ano), mas apenas ao período compreendido entre 01/jan e 31/mar de 2019.

Ambev

A Ambev apresentou receita bruta de R$ 18,77 bilhões no 1º trimestre de 2019. Deste total, R$ 4,097 bilhões foram levados pelo estado na forma de impostos diretos sobre receitas.

Subtraídos os descontos sobre vendas (como devoluções e cancelamentos), a receita líquida da empresa passou a R$ 12,64 bilhões no trimestre.




No Brasil, assim como em boa parte dos países ditos "capitalistas", o capital de terceiros é isento de tributação, ou seja, é possível deduzir do imposto de renda de pessoas jurídicas os valores gastos com juros pagos a terceiros (como bancos, fundos etc.). Apesar de não haver impostos sobre o capital em si, há cobrança de tributos sobre as transações. Na prática, a empresa não paga imposto sobre a utilização do recurso de terceiros, mas todas as vezes em que há transações deste tipo, o estado fica com um pedaço. A maior parte deste tributo é oriunda do chamado IOF.

No caso da Ambev, o estado levou R$ 53,9 milhões por meio deste imposto apenas no 1º Tri de 2019.




Após pagos os impostos sobre vendas e sobre operações financeiras, a empresa usará os valores restantes para pagar seus fornecedores, funcionários, prestadores de serviço etc.

Porém, após executados todos os pagamentos ainda haverá o IRPJ (imposto de renda sobre pessoas jurídicas) e a CSLL (contribuição social sobre o lucro líquido). Só após pagos estes impostos é que os lucros líquidos serão contabilizados e poderão, então, ser distribuídos aos acionistas ou reinvestidos na operação da firma.

No caso da Ambev, o total gasto com IRPJ e CSLL no 1º trimestre de 2019 foi de R$ 632,4 milhões.



Somando-se todos os impostos pagos, temos:


Quando projetamos a demonstração de resultados da Ambev, vemos que, após o pagamento de todos os custos, despesas e impostos, a companhia obtém um lucro líquido de R$ 2.749,10 bilhões no trimestre. O montante pode parecer muito em termos absolutos; contudo, em termos relativos, ele corresponde a 14,65% da receita total auferida. São aproximadamente 15% de lucro contra 25% de espoliação estatal.




Deve-se ainda ressaltar que, no fechamento do trimestre, a Ambev possuía em ativos um total de R$ 96,9 bilhões. Ou seja, em termos comparativos, o retorno aos acionistas e credores no 1º trimestre de 2019 foi de 2,84%, ao passo que o retorno ao governo foi infinito, já que o estado não possui nenhuma ação da companhia e, como sabemos, a divisão por 0 (zero) é impossível, mas o limite de uma função cujo denominador tende a zero é o infinito.

Magazine Luiza

No caso da empresa Magazine Luiza, a receita bruta foi de R$ 5,3 bilhões no trimestre.

Em suas demonstrações, a empresa informou apenas o total de deduções da receita bruta, não fazendo distinção entre impostos e cancelamentos. Contudo, a estimativa do setor é de que 2% das vendas sofram cancelamentos ou devoluções. Sendo assim, estima-se que de, um total de R$ 984 milhões em deduções, R$ 877 milhões sejam relativos a impostos sobre vendas.

Temos também que após a apuração dos resultados, a empresa entregou ao governo R$ 63,7 milhões via IRJP e CSLL, totalizando R$ 941,6 milhões em impostos pagos no 1º trimestre.

Adicionar legenda







Por meio da DRE da empresa, é possível verificar ainda que o resultado líquido, após o pagamento de todas as despesas e do esbulho estatal, os acionistas ficaram com R$ 138,6 milhões, algo em torno de 3,2% da Receita Líquida ou 2,61% da receita bruta.

Verifica-se ainda que a companhia Magazine Luiza possuía, no fechamento do trimestre, ativos totais de R$ 9,74 bilhões. Ou seja, o retorno ao acionista no trimestre foi de 1,42%, ao passo que, para o estado, o mesmo foi infinito, assim como no caso da Ambev.

WEG

No caso da WEG, a análise precisa levar em consideração que a empresa é um grande exportador, tendo mais de 50% da sua receita fora do Brasil.

Neste caso, é preciso enfatizar que a tributação de bens exportados é diferente, possuindo alíquotas bem menores que aquelas aplicadas aos bens consumidos no país. Mas, mesmo dentro de um regime tributário bem menos hostil (em relação às demais empresas), a WEG teve 10,4% de suas receitas confiscadas pelo estado já na 2ª linha da DRE



Após contabilizados os resultados, a empresa ainda pagou R$ 24,2 milhões em IR e CSLL ao governo, tendo arcado com um total de R$ 371,5 milhões em tributos no 1º trimestre, o que equivale a 11,13% de suas receitas.





Em sua DRE, a WEG demonstra que foram realizados R$ 306,8 milhões em lucros durante o 1º trimestre. O montante equivale a 9,20% da receita bruta. A empresa apresentou ainda ativos totais de R$ 15,23 bilhões, fazendo o retorno ao acionista ser de 2,02% no trimestre contra, novamente um retorno infinito para o estado.

Em resumo

O total de tributos medidos por esta rasa análise capta apenas aquilo que é abatido das receitas e dos resultados contábeis das empresas. A realidade é bem pior, já que há também impostos indiretos sobre folha de pagamento, fundos específicos pagos ao governo, contribuição patronal e infinitas siglas que não caberiam aqui. No caso destes tributos, as empresas simplesmente os englobam nas contas de despesas e os compilam nas demonstrações sintéticas.

Sendo assim, para obter o valor real pago em tributos de todos os tipos, teríamos de analisar as demonstrações analíticas de cada empresa, o que exigiria muitas horas de trabalho.

Contudo, apenas para fins elucidativos, é possível ver que o estado supera (e muito) os empresários no que tange aos resultados das firmas. Em termos proporcionais, nos três casos avaliados, a WEG é a menos espoliada (já que possui tributação menor por ser exportadora) e a Magazine Luiza é a que mais entrega riqueza ao governo, já que este leva quase 7 vezes o volume de recursos destinado aos acionistas.




Cabe ressaltar ainda que os lucros não são completamente embolsados pelos sócios das empresas, já que, para se sustentar, a empresa precisa realizar constantemente novos investimentos em expansão. Na prática, é como se o governo tivesse direito à maior parte do leite sem ser o dono da vaca.

Logo, não é verdade que estejamos a caminho do socialismo. Não. Nós já estamos nele. A propriedade privada se tornou algo totalmente relativo, pois é o estado quem efetivamente fica com a maior parte dos retornos gerados por ela.

Se tal realidade — o estado ser detentor de grande parte dos retornos dos meios de produção — ainda não representa o socialismo, então dificilmente algo mais pode ser.


16 de julho de 2019
Mateus Vieira
é analista financeiro, estuda e escreve sobre filosofia, economia e teologia.


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comentários (108)


Lucas-00 10/07/2019 17:39
Escrevi um artigo sobre a Licença Maternidade e como ela aumenta o desemprego feminino.
Gostaria muito da opinião dos leitores do site sobre o artigo assim como se há algum erro na minha avaliação sobre o problema, etc.
Link para o artigo.
RESPONDER

Meire 10/07/2019 20:55
Li seu texto, muito bom por sinal e concordo com voce , ninguem tem que pagar pela vida pessoal de ninguem, quem arrumou um filho que se vire para criar.
RESPONDER

Lucas-00 11/07/2019 00:31
Muito obrigado pela avaliação Meire! Muito motivador.
Abraços,
Lucas.
RESPONDER

Rodrigo 11/07/2019 04:59
Lucas, sua lógica está correta, mas a conclusão é rasa e simplista.

A condição da licença maternidade não só é importante para economia pensando no longo prazo, como eu diria que é essencial. Você retirar um direito desses poderia gerar inclusive um desequilíbrio demográfico no país. Importante também citar que apesar desse desconforto para a empresa, quem cobre os custos da licença em si acaba sendo o próprio governo (que indiretamente vem de todos nós).

O que se percebe em países mais avançados nesse tipo de legislação, é uma equiparação da licença paternidade, ficando a critério dos pais essa definição entre pai/mãe.

Resumindo, a licença maternidade com certeza tem um fator de correlação com o desemprego e menores salários das mulheres, mas isso nem de longe justificaria sua extinção. Deveriam ser pensadas outras formas de abrandar o problema.

Sugiro que você pesquise um pouco a respeito de sua importância do ponto de vista da saúde e desenvolvimento das crianças para ter uma argumentação melhor sobre o tema.

Grande Abraço.
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Diego 11/07/2019 14:20
Sobre seu texto...
Tecnicamente: correto.
Politicamente: Hum...
Creio que o texto apenas funciona para os "já convertidos", ou seja, quem já possui as noções de economia que permitem enxergar os efeitos da licença-maternidade.
Imagino que o texto tem o objetivo de "divulgação econômica", sendo destinado às pessoas que ainda não enxergam as consequências desses direitos positivos... Bom, essas pessoas ainda avaliam as coisas mais com a emoção, e ao ser bem franco quanto às consequências, você pode ser visto como "desalmado", jogando por terra seus argumentos. (Sim, eu sei que os fatos não se importam com nossos sentimentos, mas o "afegão médio", não).
Sugiro alterar as partes em que você expõe as consequências (desemprego de mulheres jovens), apenas suavizando e - importante - mostrando que você se importa com a realidade delas. Tudo isso para conquistar a empatia do leitor. Sim, vai ser um pouco de lero-lero, mas como eu disse, não adianta entregar um banquete ao leitor se ao final ele virar a mesa.
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Lucas-00 11/07/2019 15:42
Muito obrigado pelas dicas Diego.
Realmente, você tem razão nesse lado e esse texto pretendo falar com pessoas que já conhecem o básico de economia mas ainda são leigas.
Como diz aquela frase do Carnegie: "When dealing with people, let us remember we are not dealing with creatures of logic. We are dealing with creatures of emotion."
Irei aumentar mais a parte emotiva no próximo texto que fizer.
Abraços,
Lucas.
RESPONDER

luis 12/07/2019 15:16
Seu texto é bom e não é para iniciados. Claramente para demonstra o que interessa para a sociedade: o custo das coisas ou, se preferir, o cálculo econômico. Uma mulher. cetris paribus, é mais cara que um homem. Ponto. Nada mais.
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Carlos Lima 11/07/2019 18:39
quem deveria oferecer licença maternidade era a empresa.
o governo ladrão não pode ficar inventando benefícios pros empresários pagarem.
então a pessoa escolheria em qual empresa trabalhar, se numa que, de livre e espontânea vontade, concedesse o benefício, ou noutra onde ele não existisse.
só que, pelo andar da carruagem, estamos caminhando para uma situação onde, no final, seres humanos dotados de vagina já nascerão aposentados e recebendo salários maiores do que os pagos àqueles que não possuírem o tal equipamento reprodutor.

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Sem drama. 11/07/2019 18:55
"quem deveria oferecer licença maternidade era a empresa. "

E a empresa já faz isso, se o empresário avalia que não pode mais conceder licenças maternidade não contrata mulheres em idade fértil ou mulheres jovens sem filhos, principalmente de periferias de grandes cidades onde as taxas de natalidade ainda se sustentam.
E mesmo que tope assumir o risco de pagar a possível licença maternidade é só mante a candidata a mãe em funções facilmente substituíveis e com salário continuamente mais baixo do que dos funcionários sem útero.

Sem drama.
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Lucas-00 11/07/2019 20:33
Quem dera se fosse fácil assim.
Caso faça isso sistematicamente você pode receber processo por discriminação.

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Pedreira Almeida 11/07/2019 20:51
Seu texto sobre licença maternidade é de uma infelicidade total. Porque você não aplica o mesmo conceito para as férias ou para o 13º salário por exemplo? Calor, vc vai dizer, que esses custos se aplicam para todos, mas são custos que também oneram o produto.

A responsabilidade social da empresa não é somente com o lucro,. Você conhece os conceitos de empresas válidas e/ou o triple bottom line?

É uma discussão que nem deve ser proposta dada a falta da razoabilidade.
RESPONDER

Um humilde investidor 12/07/2019 20:46
Pedreira Almeida,

Seus exemplos é que foram infelizes. Do ponto de vista econômico, tudo deve ser debatido para análise de causa e consequência.

Uma empresa, ao contratar um funcionário, se preocupa com o custo total dele, não apenas como salário. Você acha que 13º salário é um benefício ao funcionário? A empresa simplesmente passa a pagar um salário mensal mais baixo, provisiona esse pedacinho e paga em dezembro com o nome de 13º. Se fossem criados o 14º, 15º, 16º, 20º salário, a mecânica seria a mesma. Ora, se o 13º fizesse alguma diferença real para os trabalhadores, bastaria mandar as empresas pagarem até o 252º salário, assim os trabalhadores receberiam em todos os dias úteis do ano. Não tem lógica!

O mesmo racional vale para férias. A empresa sabe que, durante um período do ano, o funcionário não irá produzir e será remunerado. Ela já contabiliza este custo no sistema produtivo dela, e isso certamente se reflete no salário.

Mas daí dizer se é certo ou errado do ponto de vista ÉTICO não cabe numa discussão econômica. A avaliação econômica é feita para mostrar causa e consequência. O debate sobre o que deve ou não ser feito, fica no campo da filosofia.
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Lucas-00 13/07/2019 14:49
Muito obrigado pelo comentário Um Humilde Investidor, foi bem pertinente.
Porém como o Diego me deu o insight, a minha argumentação ficou "fria" e só faz efeitos aos "já convertidos".
Repare que os argumentos contra foram todos baseados em emoções, nenhum em realidade de fato.
Infelizmente, se quisermos aumentar os adeptos da EA, teremos que seguir escrevendo de forma que não sejamos insensíveis, mas mostramos que gostamos tanto - nesse caso - das mulheres que elas não merecem pagar pela opção de outrem.
RESPONDER

Askeladden 13/07/2019 12:28
Depois a empresa é ressarcida, senão ninguém seria louco de contratar mulheres.

Em regra, a licença-maternidade deve ser paga pela própria empresa, que será ressarcida pelo INSS. Para isso, o empregador pode deduzir os valores pagos nas contribuições previdenciárias devidas no mês de competência do pagamento do benefício. Se isso não acontecer, é preciso pedir o reembolso na Receita Federal.
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Lucas-00 13/07/2019 14:46
Olá Askeladden, sim isso é verdade.
Porém recai sobre a empresa o custo de ter que contratar um novo funcionário, treinar ele, depois demitir ele já que terá que contratar a recém mãe de volta quando acabar a licença.
Imagine os custos que isso acarretam numa padaria de esquina qualquer.
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Douglas 10/07/2019 17:43
O estado brasileiro, desde Vargas, escolheu se sustentar pelo pior tipo de imposto que é o imposto jurídico (sobre empresas).

O imposto abusivo sobre empresas, não apenas inibe totalmente o desenvolvimento, como ainda transforma o país num gigantesco curral corporativista.

E pra piorar tudo, o estado brasileiro ainda não modernizou sua burocracia colonialista. Muito menos as relações de trabalho, de antes da 2° Guerra.
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4lex5andro 11/07/2019 12:38
O imposto jurídico (sobre CNPJ, ou seja, punindo o empreendedorismo) é perverso, mas a cadeia de impostos sobre consumo (que afeta exatamente quem ganha menos) vai além e chega a ser imoral.
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Estado o Defensor do Povo 13/07/2019 01:56
Eu li de que o imposto sobre o consumo é o que causa menos estrago.
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4lex5andro 16/07/2019 18:25
Leu no seu holerite claro, kkk, para de ''defender'' os pobres, por favor, pois seus ''honorários'' são muito caros...
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Rodolfo 11/07/2019 15:46
Concordo e subscrevo sua opinião. A leitura da obra "Os Donos do Poder" da lavra do saudoso Raimundo Faoro, nos mostra também, outra peculiaridade da questão, envolvendo o estamento burocrático que se alimenta do butim.

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FL 10/07/2019 17:48
Como contador de uma filial de multinacional americana, deixo meus parabéns ao Mateus pelo excelente artigo, e digo mais: a situação pode ser bem pior do que os exemplos demonstrados. Não por acaso, toda vez que temos que explicar algo do caos tributário do Brasil para algum gringo, eles brincam e já falam o famoso "I see a mess" quando se referem ao nosso ICMS.
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Juliano 10/07/2019 17:55
Magistral artigo! Quem lê imediatamente entende por que o país vive de crise em crise. Com tanta espoliação não há como o país enriquecer e prosperar. Ninguém enriquece sendo assaltado.
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Fabrício 10/07/2019 18:03
E acrescento: com os produtivos sendo esbulhados desta maneira para sustentar os parasitas da classe política e seus afiliados no funcionalismo público, não há nem como ter aumentos salariais para os trabalhadores. Sem redução da carga tributária sobre quem produz, impossível assalariado ganhar mais.
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Auditor 10/07/2019 18:02
"Na prática, é como se o governo tivesse direito à maior parte do leite sem ser o dono da vaca."


O governo é o dono da grama que a vaca pasta... é ele(governo) quem fornece a água que a vaca bebe. O governo cuida da saúde,transporte e segurança pública das pessoas que trabalham com a vaca.
O governo fornece pesquisa a longo prazo(tipo a Embrapa) que ajuda o dono da vaca.

O artigo aborda como se só existisse a vaca e o dono avarento dela e nada mais ao redor... tudo pra ele(o dono avarento) e nada pra ninguém e pro resto.

Obviamente uma visão tacanha e mesquinha como tudo que é propagado neste site.


MAIS um Artigo REFUTADO com sucesso.

RESPONDER

Inspetor 10/07/2019 18:22
"O governo é o dono da grama que a vaca pasta..."

Errado. O governo tomou o leite da vaca e o repassou para touros (empreiteiras amigas do governo) construírem a grama. E continua tomando o leite da vaca para que estes touros apenas façam a manutenção desta grama (bem mal mantida). Só que já há bois que podem fazer a manutenção da grama de forma mais barata, mas vocês estatistas não deixam.

"é ele(governo) quem fornece a água que a vaca bebe."

Errado. O governo tomou o leite da vaca e o repassou para touros (empreiteiras amigas do governo) construírem os encanamentos por onde passa a água. E pior: o serviço do governo foi tão porco que há mais de 60% das vacas sem saneamento.

E há otário defendendo este arranjo em público. Sério mesmo, merece cadeia.

"O governo cuida da saúde,transporte e segurança pública das pessoas que trabalham com a vaca."

SUS? Segurança pública? Transporte urbano? Rodovias esburacadas?

E as pessoas que trabalham com a vaca ainda deveriam agradecer por estas porcarias?

Devo admitir que você é gozado.

"O governo fornece pesquisa a longo prazo(tipo a Embrapa) que ajuda o dono da vaca."

O mais legal é que todo mundo que quer defender pesquisas estatais consegue apenas citar a Embrapa. Tipo assim, nada mais se salva? Que bom, então. De minha parte, aceito manter a Embrapa, e acabar com todo o resto. Topa?

"O artigo aborda como se só existisse a vaca e o dono avarento dela e nada mais ao redor... tudo pra ele(o dono avarento) e nada pra ninguém e pro resto."

Agora, volte para a realidade: tudo de estatal que existe ao redor foi construído exatamente com o dinheiro tomado da vaca e do dono avarento dela. Caso queira refutar este básico (ou seja, dizer que políticos e burocratas do nada criaram riqueza e saíram construindo tudo magicamente com as próprias mãos), confesso bastante curiosidade.

"Obviamente uma visão tacanha e mesquinha como tudo que é propagado neste site."

Correção: o comentário que vai acima (o seu) é apenas uma representação da visão tacanha e ignara de pessoas que atribuem poderes mágicos a políticos e burocratas.

Mas, console-se: você não está só. Com efeito, pessoas com seu nível de ignorância ainda representam a maioria da população. Tenha o conforto de que você tem milhões de companheiros.

"MAIS um Artigo REFUTADO com sucesso"

Novamente, outro comentário seu (eis o anterior) destroçado com sucesso. Tá virando freguês, hein? Deve ser masoquismo...

RESPONDER

Joao 10/07/2019 18:35
O cara se chama "auditor", e é evidente que ele é auditor fiscal, ou seja, vive da espoliação dos outros. É claro que ele vai defender o roubo.
RESPONDER

Pedro_N 10/07/2019 23:35
Minha única ressalva ao seu comentário está aqui:

Com efeito, pessoas com seu nível de ignorância ainda representam a maioria da população.

Duvido muito que "nível de ignorância" seja o caso do Auditor. Acho que tá muito mais para "nível de desonestidade intelectual".

No mais, parabéns pela resposta.
RESPONDER

Estado o Defensor do Povo 10/07/2019 20:14
Empresas e universidades também investem em pesquisa e aos montes, e não não precisa ser estatais, PRIVADAS também podem, não entendo porque as pessoas ignoram isso.
RESPONDER

Imperion 10/07/2019 23:58
O estado não é dono nem da grama, nem do pasto nem da água. Tudo foi comprado pelo dono da vaca. O estado é que vai lá cobrar imposto pela grama, pela propriedade e pela água.
RESPONDER

Ronaldo 14/07/2019 22:07
Kkkkk.
Saúde essa que morre quase 900 mil pessoas por ano na fila de espera.
Transportes com alto custo de pedágios.
Segurança que morre 70 mil por anos.
Esse deve ser filho da Dilma por falar essas pérolas.

RESPONDER

Joao 15/07/2019 17:36
Pior a cara de pau ao dizer que o artigo foi "REFUTADO", uahuahuahuhauha
RESPONDER

Oi 10/07/2019 18:13
Por favor, alguém me dê uma luz:

No que o capitalismo de estado se difere do socialismo? Tem gente que diz que durante a Alemanha nazista não houve socialismo, mas sim capitalismo de estado. Não são a mesma coisa? No socialismo há confisco de bens e no capitalismo de estado há controle dos preços, além de decidir o que pode ser produzido ou não?
RESPONDER

Lucas-00 10/07/2019 18:40
Capitalismo de estado é um socialismo porque toda a estrutura produtora pertence ao estado (vide Alemanha Nazista).
Só que capitalismo de estado ainda consegue ser menos pior que o comunismo já que ainda há um pouco, porém ainda há, alocação de recursos baseado no preço.
É só comparar aqui no Brasil o SUS (comunismo) com a Unimed (capitalismo de estado).
RESPONDER

Bernardo 10/07/2019 18:49
Aqui:

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2797

www.mises.org.br/Article.aspx?id=98

www.mises.org.br/Article.aspx?id=1518

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2868

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2871

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2809

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2690

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2564

]RESPONDER

Caio 10/07/2019 18:54
Recomendo também este aqui:

As nove diferenças cruciais entre uma economia livre e uma economia intervencionista

RESPONDER

Joao 10/07/2019 18:33
Seria certo dizer que essa fortuna que é roubada, no final das contas é roubada dos consumidores, e não da empresa? Pergunto isso pois no caso dos impostos sobre os produtos vendidos, isso é obviamente repassado ao cliente, ou seja, seria certo dizer que o cliente que está pagando o imposto?
Assim sendo, podemos afirmar que o estado rouba da pessoa quando ela recebe e quando ela gasta (ou não?).
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José 10/07/2019 18:54
Não, não existe isso de um imposto ser integralmente repassado aos consumidores. Eis o porquê:

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2830

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Raas 10/07/2019 22:21
Também pensei a mesma coisa. Se não existisse os impostos sobre vendas, a receita bruta da empresa não seria a soma da receita líquida mais os valores dos descontos e devoluções?
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Socram Suiciniv 10/07/2019 18:43
O Estado em si é a verdadeira personificação de satanás. Não produzem nada e ainda detém parte na riqueza alheia;É impressionante como boa parte dos brasileiros ainda conservam a mentalidade estatista.
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Pobre Paulista 10/07/2019 18:43
O empreendedor pode contra-atacar o estado ao investir em títulos públicos para recuperar o dinheiro espoliado na forma de juros.

#paz
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Carlos Alberto 10/07/2019 19:35
Concordo plenamente. Inclusive falei exatamente isso aqui:

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2919#ac220308
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anônimo 10/07/2019 20:06
Só que se todos fizerem isso, ainda perderão dinheiro através de taxas de juros negativas.
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Joao 10/07/2019 20:08
Eu acho que "investir" em títulos públicos é tão imoral quanto cobrar imposto, pois os "juros" serão pagos com dinheiro roubado dos outros (ou impressão de dinheiro, gerando inflação - outra forma de roubo).
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Ninguém Apenas 10/07/2019 21:14
Você e todos os empreendedores podem comprar títulos públicos a torto e à direita. Longe de mim julgar alguém, mas duvido que isso seja uma forma de "recuperar o dinheiro espoliado".

Inclusive, quando você compra um título público, a partir desse ponto sua pessoa se tornou um financiador do governo, é você quem passa a garantir que o governo possa continuar rodando déficits sem preocupação. No entanto, os juros pagos serão parcialmente pagos por você também, o imposto para pagar os financiadores vai agir no produto comprado, no resgate do investimento, na inflação, na redução da oferta de bens no mercado...


Se alguém é genuinamente um libertário e deseja o fim do Estado, também não acredito que se tornar um financiador e garantidor da dívida do governo seja uma estratégia eficiente para alcançar esse objetivo (financiar o PCC é uma boa estratégia para acabar com o PCC?). Mas se não é libertário, de fato pode ignorar esse ponto.

Por mim, que todos os empreendedores e investidores fechem seus negócios e liquidem seus investimentos para comprar seus tão sonhados títulos públicos, quando as taxas de investimento privado desmoronarem e vir a ira das massas, quero só ver como o governo vai garantir os pagamentos.


Por último, no passado os governos entravam em guerras o tempo todo, reinos caiam toda hora e os poupadores sempre consideravam os nobres governantes como gastadores irresponsáveis. O governo para garantir seus empréstimos, precisava pagar juros maiores que o do mercado para conseguir seu dinheiro fácil (na época não era tão fácil).

Mas hoje, as coisas mudaram, o governo consegue dinheiro de qualquer trouxa pagando bem menos que o mercado (já que é um devedor visto como "sem risco"). Até o governo soviético achou compradores para seus títulos.


Hoje, qualquer um consegue rendimentos melhores com Debentures Incentivadas, CRI, CRA e até com a renda fixa privada com garantia do FGC (de menor risco).


Para quem especula nas oscilações (aí a pergunta é realmente sincera), consegue rendimentos melhores do que com ações? tem algum benefício?


É só porque é mais fácil e não precisa avaliar risco? Ou estou sendo inocente e tem uma maneira melhor de conseguir rendimentos maiores com os títulos públicos em comparação com a renda fixa ou variável privada?
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Pobre Paulista 11/07/2019 00:58
1. Você já financia o estado ao pagar impostos, fique tranquilo. Não há nada de imoral em recuperar parte disso usando mecanismos que o próprio estado considera legítimo.

2. Todos - repito, todos - os produtos bancários são lastreados, em última instância, em títulos públicos, pois a maior parte do capital dos bancos nacionais está nisso.
#paz
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Ninguém Apenas 11/07/2019 11:53
Não estou aqui para julgar ninguém kk pode ficar tranquilo kkk

Nem discuto se é imoral ou não, deixo isso a cargo de cada um.

Mas financiar as dividas do Estado é algo que na minha visão beneficia o próprio Estado, já que ele pode gastar mais pagando juros menores. O peso de um Estado é sempre o que ele gasta e não o que ele taxa (impostos são impopulares). Se o governo brasileiro precisasse de cobrir todos os seus gastos com impostos, ele seria obrigado a reduzir seus gastos.

Claro que se você não se importa com isso, é só ignorar esse ponto.

Agora sobre o ponto dos rendimentos, há realmente alguma vantagem?

Por último, imagino que é impossível que a renda privada (que rende mais que o titulo publico), ser lastreada 100% em titulo publico... De onde ele tira o dinheiro para pagar a diferença?

CDBs que eu saiba vai para empréstimos, LCI e LCA vão para o mercado imobliliário e agrônomo respectivamente, CRI e CRA a mesma coisa, e Debentures seriam titulos que as proprias empresas emitem.

Como os títulos lastream tudo isso? Lastrear uma parte faz sentido, mas tudo é algo meio difícil de acreditar. Agora que os bancos são grandes compradores faz sentido, é o nosso atual sistema.
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Insurgente 12/07/2019 14:23
Concordo com tudo o que falou e acrescento pq faço juízo mesmo baseado na ética e na moral.

Usar TD para garantir rendimentos é imoral e danoso! Quem quer justificar seus lucros financiando o estado perverso em última instancia está agindo igual o pior que ele, uma vez que muitos do que o fazem conhecem a natureza dessa ação.

Seria a mesma justificativa do esquerdista que sempre luta por mais direitos positivos, justificando seu posicionamento no critério da igualdade.

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Yuri 10/07/2019 18:53
Ótima síntese do nosso manicômio tributário. E, como o próprio autor bem ressaltou, a realidade é bem pior.
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anônimo 10/07/2019 19:42
O artigo não só apresenta o problema muito bem, como ainda faz uma importante ressalva que, por estar sintetizada em um único parágrafo, talvez não tenha o merecido destaque:

"A realidade é bem pior, já que há também impostos indiretos sobre folha de pagamento, fundos específicos pagos ao governo, contribuição patronal e infinitas siglas que não caberiam aqui. No caso destes tributos, as empresas simplesmente os englobam nas contas de despesas e os compilam nas demonstrações sintéticas."

Vale lembrar ainda que que dependendo do setor, como é o caso do varejo, que costuma ter margens reduzidíssimas (1% a 2% do faturamento), uma apropriação de 10% do faturamento é uma violência gigantesca.

Por isso mesmo que, no texto, Magazine Luiza parece ser a empresa menos espoliada na comparação entre os tributos como proporção da receita mas, ao mesmo tempo, é, disparado, a mais aviltada na comparação entre tributos como proporção do lucro.

E para quem acha que nada pode piorar, volta e meia a discussão sobre a tributação de dividendos volta à pauta. O reduzido lucro que resta ao empreendedor corre o risco de sofrer uma mordida adicional.

P.S. uma forma mais simples e direta de se apurar o tamanho da espoliação estatal das empresas de capital aberto é analisar a Demonstração de Valor Adicionado, que já apresenta o somatório dos impostos pagos.
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Eber 10/07/2019 19:55
E depois vem um animal de pena e diz que temos que tributar o lucro...
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Pobre Paulista 10/07/2019 21:55
Tributar o lucro com a contrapartida de acabar com toda a tributação que o precede é, sim, uma boa idéia: Alivia-se o custo de capital (aumentando a produtividade) e tributa-se, ainda que indiretamente, o consumo (o que é bom para poupança interna).

No entanto, na prática, o que vai acontecer é o que sempre acontece por aqui: Vai ser apenas mais um imposto, sem o cancelamento de nenhum outro.
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carlos 10/07/2019 20:10
Mas as empresas continuam funcionando, né?
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Estado o Defensor do Povo 11/07/2019 03:25
Claro, o que você acha que aconteceria se elas literalmente parassem de funcionar? O ser humano não existiria mais :), é que nem as nossas estradas esburacadas, elas meio que funcionam pois dá pra dirigir nelas :D

Agora tem empresa que não tem jeito, é tanto imposto sufocando elas que elas fecham em pouco tempo, a empresa do meu pai por exemplo tá cheia de impostos atrasados e se um fiscal da receita aparecer lá já era, vai ter que fechar a empresa e mandar demitir todo mundo.
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Ex-microempres%C3%83%C6%92%C3%82%C2%A1rio 12/07/2019 18:48
A minha eu fechei faz quatro anos, vendi o imóvel para uma construtora, botei o dinheiro no banco e virei rentista.

Volta e meia penso na felicidade dos meus vinte e poucos funcionários ao se livrarem do "patrão opressor" que se apropriava de sua mais-valia. Devem estar muito mais contentes agora, vivendo de bolsa-família.
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Rene 10/07/2019 21:05
Resumindo o artigo: o governo é o sócio majoritário involuntário de toda empresa. Sócio este que não arrisca nem um centavo de capital no empreendimento, mas que abocanha a maior parte dos lucros.
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Nill 11/07/2019 00:31
Só esqueceram de dizer uma coisa. Se com toda essa estupenda fortuna arrecadada de impostos, O governo está com as contas tremendamente abaladas. Imagine se reduzisse os impostos seriamente. O escritor do Artigo falou uma verdade,mas esqueceu de outra. O PROBLEMA do brasileiro gostar de receber tudo do governo. O Estado provedor de tudo. O Estado-deus. Este 'deus' exige muitas oferendas. E as oferendas são o dinheiro dos adoradores. Se não acabar com essa IDOLATRIA. Jamais teremos impostos baixos. Me parece que a Reforma da Previdência vai passar no Congresso. Uma aprovação já passou. Pretendem economizar um trilhão de reais em 10 anos. O caminho é esse . O Governo economizar Um Trilhão aqui. Mais 500 bilhões ali. Mais 200 bi mais ali, Uns 150 bi noutras coisas, uns 20 nas pequenas coisa e vai por ali. Economizando,economizando....... O Socialismo não sobrevivi com pouco dinheiro. Só assim teremos impostos baixos. Co o fim do Estado-deus ou deus-Estado.
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Rene 11/07/2019 13:09
Isto não é exatamente um problema do brasileiro. É um problema de qualquer país que tenta implantar uma social democracia. Dê uma olhada, por exemplo, nas pautas dos protestos que ocorreram na França neste ano. Um político que promete almoço grátis tem mais chances de ser eleito do que um político que trata os eleitores como adultos. Entretanto, por incrível que pareça, muitos brasileiros já estão entendendo como as coisas funcionam de fato e já estão pedindo menos estado e mais liberdade. Muito mais do que acontece em muitos países desenvolvidos, onde a social democracia não desmoronou (ainda). Realmente, estamos andando a passos tímidos na direção correta. Resta saber que conseguiremos acelerar o passo antes que o barranco desmorone e nos leve junto.
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Hoppeano 11/07/2019 20:01
Por isso que a democracia não funciona.
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Milton Friedman Cover's 11/07/2019 04:57
Perfeito, este texto do Mateus Vieira, que também estuda Filosofia e Teologia, excelentes temas que nos faz entender melhor o mundo em que vivemos e porquê vivemos nele, sob a ótica dos grandes filósofos, como, Platão, Sócrates e Aristóteles e teólogos como, Tomas de Aquino, Agostinho, Paulo. Sobre economia: muito importante também, pois nos faz entender os motivos de sermos tão espoliados pelos sucessivos governos de esquerda neste pobre país.

A sua explicação sobre os lucros que o governo tem, mesmo sem por um centavo nas empresas, é um grande alerta sobre o que é roubado não apenas das empresas, mas de todos nós, já que este roubo com o nome de impostos, tira empregos, salários melhores, etc., de toda a população, inclusive atrapalhando os jovens que querem entrar no mercado de trabalho ou empreender, como também os mais idosos que têm saúde para trabalhar.

Depois tem gente que não entende a razão de tantas empresas saírem do país.

Felizmente a reforma da Previdência passou, aguardaremos com ansiedade as privatizações de todas as estatais e a reforma tributária, além da diminuição de impostos às mercadorias do exterior e incentivos para empresas de fora se instalarem no país. Abraços.


RESPONDER

Fernando 11/07/2019 11:01
A título de comparação como seria um demonstrativo de uma empresa americana?
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THIAGO FELIPE 11/07/2019 12:29
Fiquei perplexo ao notar a quantidade de dinheiro que o estado levava antes mesmo de a empresa receber pelas vendas efetuadas.

A MESMA CONSTATAÇÃO ACIMA DO AUTOR, HAVIA PERCEBIDO COM OUTROS COLEGAS NO 4º SEMESTRE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS. PIOR QUANDO FALAM QUE O PROBLEMA É SONEGAR IMPOSTOS FICO PENSANDO NA REALIDADE É A CARGA TRIBUTARIA QUE É INCOMPATÍVEL PRA NOSSA REALIDADE DE NAÇÃO. CHAMA A ATENÇÃO QUE UMA VEZ SEGUIDA A REGRA É POSSÍVEL QUE ACONTEÇA O SEGUINTE: AUMENTAR O FATURAMENTO EM VALORES RELEVANTES E, AINDA ASSIM, OBTER O MESMO OU QUASE MESMO LUCRO. DESTA FORMA VC TRABALHA MAIS PELO MESMO. INCRÍVEL.
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Menestrel da Podridão 11/07/2019 13:17
Não sei pensar, terceirizo
Ao Estado o pensamento.
Realizo o prejuízo
Deste meu investimento
(III, Quadras Piadas)

Mais?
twitter.com/dapodridao
RESPONDER

Erick 11/07/2019 13:42
Chocante
Espoliante
Angustiante
Deprimente
Totalmente indecente
E incoerente

E ainda pedem mais estado!
RESPONDER

Menestrel da Podridão 11/07/2019 14:09
"Só sei cagar restrição,
Criar dinheiro pr'o gado,
Só cobrança e punição.
Prazer, meu nome é Estado"
(LXXV, Quadras Piadas)
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EVANDRO 11/07/2019 14:27
Os dados mostram que o Brasil esta muito atrasado economicamente devido a um governo Socialista que comandou o pais por muitos anos.
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Liberalzinho 11/07/2019 15:18
Sobre a legitimidade do Estado na interferência em alguns aspectos da vida privada, leiam Críton, de Platão, e, por favor, me digam suas conclusões e reflexões.
(eu sei que não tem nada a ver com o artigo em si).
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Pensando em sair do País 11/07/2019 15:42
Pessoal, reforma tributária que apenas simplifica os tributos, mas que mantém a mesma carga tributária, como a que vai ser votada, pode realmente ser benéfica para a economia?
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Imperion 12/07/2019 18:24
Em matéria de quantidade, fica na mesma. Mas em tese, simplificar os tributos sem mexer nas alíquotas, o empreendedor gasta externamente várias horas de serviço, custos somente pra calcular e pagar os impostos que vão ser cobrados. E esse dinheiro todo vai para os cartórios e contadores. E não são poucas horas, são custos estratosféricos só pra comprovar que a empresa pagou o que deve pro governo.

Em tese, o lucro é deduzido desses custos burocráticos extras. Teoricamente não é nem o gov que recebe esses custos, mas as empresas gastam e tem seus lucros e serviços afetados.

Uma empresa pode salvar muito do seu faturamento somente se em tese desburocratizar, mesmo que a alíquota fique a mesma.

O custo da papelada é imenso.

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VINICIUS 11/07/2019 16:06
Mateus, excelente seu texto. Também trabalho com análise de demonstrativos financeiros e sempre tive vontade de escrever sobre isso.

Só uma ideia de incremento na sua análise: Seria possível colocar na conta os impostos sobre a folha de pagamento e os impostos indiretos pagos na aquisição de ativos e aos fornecedores?

No mais parabéns por abrir os olhos das pessoas acerca dos melindres estatais para espoliar-nos!
RESPONDER

Intruso 11/07/2019 16:47
A verdade é que grande parte do dinheiro "espoliado" pelo Estado, volta de novo para o empreendedor, pois os servidores públicos e que são pagos pelo "espólio" são também consumidores ( de cerveja da AmBev, de roupas do Magazine Luiza, etc).
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Bronson 11/07/2019 18:03
É isso aí. Sendo assim, é bobagem punir assaltantes. Afinal, todo assaltante sempre irá gastar o dinheiro que roubou (ele rouba dinheiro exatamente para poder comprar coisas). Logo, ao gastar o dinheiro roubado, esse dinheiro volta para "a sociedade", sendo portanto irracional tipificar o assalto como crime.

Se, por exemplo, o dono de uma padaria tem seu estabelecimento assaltado, é irracional querer que os assaltantes sejam presos. Afinal, eles irão gastar esse dinheiro. E, ao fazerem isso, o dinheiro retorna para sociedade, sendo portanto irracional tipificar um assalto a uma padaria como crime.

Aliás, por que parar no assalto? O mesmíssimo raciocínio vale para a corrupção. Quando um político desvia dinheiro para si próprio, ele irá futuramente gastar esse dinheiro (afinal, não se come dinheiro). Ato contínuo, ao gastar o dinheiro que roubou, esse dinheiro volta para a sociedade. Ninguém perdeu. Né?

A conclusão é que quanto mais empreendedores forem roubados, mais eles devem agradecer, pois esse dinheiro irá voltar para eles. Consequentemente, quanto maior for o roubo, maior será a quantidade de dinheiro que voltará para os empreendedores.


É impressionante a quantidade de gênios que habitam esse país. Ainda mais incrível é que ainda não estejamos todos andando de quatro e se comunicando por meio de um relincho...

RESPONDER

Erick 12/07/2019 10:34
Hahahaha essa ironia toda foi a MAIOR HUMILHACAO que eu ja vi nesse site. O cara vai fingir que nem viu essa resposta agora.
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Roberto 11/07/2019 18:16
Prezado,

esqueceu de mencionar que todos os custos diretos e indiretos são repassados ao consumidor final, portanto, os empresários recebem os tributos e repassam ao governo. No fim, quem paga o pato é o consumidor final. Aqui no Brasil, tem muito empresário que não repassa, e depois entra no Refis. Fala sério.
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José 11/07/2019 18:47
Errado, prezado. Não existe isso de um imposto ser integralmente repassado aos consumidores. Eis o porquê:

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2830

P.S.: Fala sério.

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Liberalzinho 11/07/2019 20:29
Não é uma questão de "refutação" do enunciado clichê dos liberais radicais: "imposto é roubo". A "refutação" pressupõe se adotar um sistema e apontar contradições dentro deste mesmo sistema. Não compartilho das premissas do libertarianismo anarcocapitalista. O anarcapitalismo pode até funcionar como sistema lógico abstrato, isto é, como exercício imaginativo, isto é, como desdobramentos evidentes de axiomas em uma dimensão de cunho puramente racionalista. Porém, se trataria de um desastre ao tentar se imputado na realidade em virtude da Natureza Humana. O libertarianismo do Rothbard e o Hoppe, por exemplo, parte da premissa de que todos os seres humanos são regidos pelas regras da racionalidade, o que é um absurdo. E que as disposições sociais determinam o que o ser humano é. Ridículo. Existe uma condição ontológica a priori. Condição esta que inviabilizaria uma circunstância social anárquica. O homem precisa de uma Leviatã para viver de modo coletivo. O anarcocapitalismo nada mais é do que o retorno das ilusões mesmas que motivaram o anarcocomunismo. É uma postura tão revolucionária quanto as vertentes mais extremadas da esquerda. Deseja refundar a sociedade. E sempre quando há esse tipo de pretensão, sabemos o que acontece: ditaduras sanguinárias.


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Guilherme 12/07/2019 01:36
"O libertarianismo do Rothbard e o Hoppe, por exemplo, parte da premissa de que todos os seres humanos são regidos pelas regras da racionalidade, o que é um absurdo. E que as disposições sociais determinam o que o ser humano é. Ridículo."

Quanta merda. Rothbard e Hoppe nunca partiram deste princípio. Nunca nem sequer aludiram que isto é pré-condição para o funcionamento do arranjo. Muito pelo contrário: sempre enfatizaram que os homens são maus e falhos, e por isso mesmo é necessário haver agências de repressão (toda a discussão está em se elas devem ser um monopólio estatal ou se deve haver livre concorrência).

Essa tática de inventar um espantalho para então bater nele é típica de indigente intelectual. Na melhor das hipóteses. Na pior, é só safadeza mesmo.

Quer criticar o libertarianismo e o anarcocapitalismo? Fique à vontade. Quer discordar? Direito seu. Mas ao menos tenha um mínimo de decência. Pare de inventar que os seguidores desta idéia dizem que em tal arranjo as pessoas seriam "regidas pelas regras da racionalidade". Isso você tirou de sua cabeça, que por sua vez parece estar alojada no final do seu intestino grosso. Seja intelectualmente honesto. Não invente calúnias.

Como você mesmo disse: ridículo.


P.S.: você é tão desnorteado, que comentou algo que não tem nada a ver não só com o artigo, mas com a própria sequência de comentários na qual você se intrometeu.

RESPONDER

Liberalzinho 12/07/2019 18:38
Nem Hoppe, nem Rothbard afirmaram que o homem é essencialmente racional, tal como nenhum teórico do anarcocomunismo. Porém, isso podem ser pressuposto do modo como se idealiza uma sociedade de massas assumindo uma disposição anarquista enquanto projeto de sociedade.
RESPONDER

Vladimir 13/07/2019 03:22
Afinou bonito. Típico. Falou bobagem, teve seu erro apontado, gemeu, flatulou e confessou que "não foi bem isso o que eu quis dizer; na verdade eu quis dizer outra coisa".

Covardão.
RESPONDER

Roberto 12/07/2019 15:24
Impressionante como vocês aqui tem respostas prontas pra tudo. Se for para abrir um empreendimento e não ter lucro, pra quê então arriscar? O lucro líquido não seria após o EBTIDA? Tá tudo no preço, vocês sabem disso.
RESPONDER

Vladimir 12/07/2019 16:11
Os caras chegam aqui, fazem perguntas/afirmações, e aí ficam putos quando são respondidos... Ué, se quiserem falar sozinhos, sem serem contraditados, sugiro escrevem apenas num "meu querido diário".

É cada afetação de coitadismo...

RESPONDER

Um humilde investidor 12/07/2019 17:10
Roberto,

Se for para abrir um empreendimento e não ter lucro, pra quê então arriscar? O lucro líquido não seria após o EBTIDA?

E não é exatamente por isso que o Brasil está afundando? Por ser um caos tributário? Por espoliar os empresários em níveis imensos e ainda viver num discurso de que empresário ganha muito e explora os demais?


Tá tudo no preço, vocês sabem disso.

Sim, o que não quer dizer que a demanda vai absorver integralmente qualquer preço. E se a demanda cair numa proporção maior que o aumento de preço, a receita vai desabar. Como ainda existem custos fixos na conta, a rentabilidade irá cair com o aumento de preço, pois cada unidade de custo fixo terá agora uma quantidade menor de produto para se diluir.

Se ser empresário fosse simplesmente "sair aumentando o preço" ou "contratar mais trabalhadores e explorar", seria muito fácil para qualquer um fazer isso. É essa a realidade?
RESPONDER

Gustavo A. 11/07/2019 20:12
Acho essa turma que vive reclamando do Refis bem engraçada.

Pagar imposto aqui não apenas é caro como é EXTREMAMENTE burocrático. Empresário leva mais de 2000 horas por ano com burocracia para pagar impostos. O tributo não chega numa guia bonitinha para ser pago, o empresário tem que contratar contadores para saber como pagar imposto (e depois advogado, por que sempre um fiscal vai achar algo que ele pensa que está errado).

Ou seja, imagina uma situação, o bandido te assalta todo mês, mas ele não pega e leva, você tem que separar exatamente o que ele quer, de acordo com um extenso livro de normas, e se separar errado, você paga quatro vezes mais.

Se tem dúvidas, pergunte para um contador ou empresário sobre o ICMS e em especial sobre o ICMS-ST (o inferno na terra).
RESPONDER

Lucas-00 11/07/2019 20:31
Isso nem tem sentido, mesmo se os custos fossem repassados (o que já provaram que não) o que raios isso tem a ver com o artigo?
A menor parte do lucro ainda continua sendo dos acionistas.
Realmente a capacidade de interpretação de texto do brasileiro é péssima.
RESPONDER

Jose Barreto 11/07/2019 19:52
O pior é que estes impostos não são revertidos para a população. Se fossem seriamos uma "Escandinávia". Mas não vemos retorno na saúde, educação, transportes. São utilizados para manter a estrutura do Governo em Brasilia. Por isso se diminuirem o tamanho do Estado via privatização os mais afetados serão os funcionários publicos e não a população mais pobre.
RESPONDER

Lucas-00 11/07/2019 20:35
Mesmo se fossem, os impostos nunca seriam do mesmo nível que gastos privados.
Eis o porquê
RESPONDER

Gustavo A. 12/07/2019 14:58
São sim, governo federal gastou 3,8% do PIB com saúde, por exemplo, todavia, como você pode ler neste artigo Como Mises explicaria a realidade do SUS? , o SUS nunca irá passar perto de funcionar, inclusive a situação irá piorar bastante com o porcentual de idosos aumentando. Se você pegar alguns outros países, como a Austrália, verá que não existe esse sistema tosco de saúde universalizada, o governo subsidia os mais pobres, o que torna o sistema muito mais eficiente.

Se você fizer uma simples busca no Google, encontrará defeitos no sistema, inclusive nos maravilhosos países nórdicos.

Sobre educação, o governo gasta 4x mais em aluno do ensino superior em comparação com aluno do ensino fundamental. Isso sem conta que não há discricionariedade, são financiados estudos esdrúxulos nas universidades governamentais. Mas mesmo assim gasta. Há outro problema, os recursos das escolas ficam centralizados e engessados, não há parcerias privadas, não tem como isso funcionar.

Percentual do PIB brasileiro dedicado à educação é maior do que em países desenvolvidos

Transportes... Governo concede um monopólio a uma empresa amiga, que tem que oferecer ônibus para todo e qualquer buraco da cidade por um preço determinado, isso subsidiando estudantes, idosos e outros que conseguem fazer lobby.

Transporte coletivo e privado

Os impostos são revertidos, mas o sistema extramente burocrático (e socialista) impede que se tenha o mínimo de bom funcionamento, procure as nações mais desenvolvidas e veja que nelas (ao menos no período do enriquecimento) o governo tem um papel bem pequeno.
RESPONDER

Estado o Defensor do Povo 12/07/2019 21:50
Mesmo na Escandinávia o governo não faz porra nenhuma, o pessoal de lá mal sabe quem são os próprios presidentes deles. O governo norueguês inventou um negócio de imposto voluntário pra quem quisesse dar mais dinheiro do governo por lá, além dos impostos normais, em 6 meses eles arrecadaram míseros 1000 euros, pra te ver como até lá dar dinheiro pro governo não parece ser uma boa ideia.
RESPONDER

thiago 12/07/2019 11:03
Além da carga tributaria extremante alta, existem também os chamados impostos ocultos. Que é essa forma burocrática, arcaica e burra de apuração dos impostos. Uma quantidade de obrigação acessória de municípios, estados e união.

RESPONDER

Menestrel da Podridão 12/07/2019 16:19
Obrigação acessória?
Estás sendo mui bondoso.
É expropriação vexatória
Que faz o Estado tinhoso.

twitter.com/dapodridao

RESPONDER

Menestrel da Podridão 12/07/2019 16:05
Um ao outro refutando,
E não sentem no cangote
O bafo estatal fungando,
E fungando muito forte.

twitter.com/dapodridao
RESPONDER

Luis Alfredo 12/07/2019 16:32
Faz tempo que somos socialistas. A única coisa que falta, como cereja do bolo, é terminar com o direito de sair do país, ir de um lugar a outro. De resto, aos socialistas de plantão por aqui, que abram sua empresa e façam sua experiência ao invés de sair falando que todo empresário é criminoso até que se prove ao contrário.

RESPONDER

Menestrel da Podridão 12/07/2019 18:29
O socialismo é o reto
Que pare a merda estatal.
E o seu filho predileto
É o brasileiro fecal

twitter.com/dapodridao
RESPONDER

Lucas Rebelo 12/07/2019 17:37
O Mises.org poderia publicar um livro com a coletânea dos artigos aqui apresentados, seria ótimo.
RESPONDER

Felipe R 12/07/2019 18:54
Apenas um comentário pontual.

To achando esses cálculos percentuais aí subestimados.

Se fizer pelo dados do DVA, o valor Ambev, pr exemplo, chega a 34% (6,69 bi de impostos dividido pela receita total de 19,73 bi).


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Papa Pio XI 12/07/2019 19:58
"O liberalismo preparou o caminho ao comunismo" (Papa Pio XI, Divinis Redemptoris)
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O Guaxinim 12/07/2019 20:51
Sem estado para regularizar, como fica a questão dos remédios de valores absurdos para pessoas nescessitadas e sobre a pirataria... Como iria funcionar no Ancapistão?
Desde já, agradeço.
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Leopardo 13/07/2019 03:20
Meu caro, remédio é caro exatamente por causa das regulamentações do estado.

1) O estado proíbe a importação de remédios mais baratos.

2) O estado protege as farmacêuticas nacionais, proibindo a concorrência das estrangeiras.

3) O estado, por meio de patentes, garante o monopólio intelectual das farmacêuticas.

4) Mesmo os remédios cuja importação é permitida sofrem a incidência de altas tarifas de importação, o que os inviabiliza totalmente.

Artigos:

www.mises.org.br/Article.aspx?id=980

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2745
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Fabio Ricardi 12/07/2019 21:46
O autor poderia ter aprofundado a discussão sobre os impactos sobre a criminalidade também , já que muitos sabendo dos fatos, optam pela sonegação e contrabando. Quanto maior é a pressão tributária sobre um setor ,maior é o mercado paralelo. O Brasil tem o dobro do tamanho no mínimo. Uma pena ver tanta gente vivendo de desvios do sistema quando podiam estar inclusos e contribuindo. Uma pena. Nosso sistema tributário incentiva o crime , a corrupção e todo o mal que vem junto.

O homem sempre vai encontrar meios de desviar um sistema incompatível com a verdade.

O que o onera menos, sempre será sua escolha , dentro ou fora de uma lei.


Por isso, aqui nestas terras, muitos pensam que o crime compensa .
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julsam 13/07/2019 01:54
Gostei do comentário do

Luis Alfredo 12/07/2019 16:32
Faz tempo que somos socialistas. A única coisa que falta, como cereja do bolo, é terminar com o direito de sair do país, ir de um lugar a outro. De resto, aos socialistas de plantão por aqui, que abram sua empresa e façam sua experiência ao invés de sair falando que todo empresário é criminoso até que se prove ao contrário.
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Askeladden 13/07/2019 10:53
Nenhuma novidade hoje a indústria corresponde a 11% do PIB e caindo.

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4lex5andro 16/07/2019 18:23
Em todo o mundo civilizado, a indústria tradicional vêm perdendo participação percentual no PIB.

Mesmo menor, em tamanho, tende a ser mais eficiente e lucrativa, irrigando setores correlatos como serviços e comércio.

Pois é, essa é a lll Revolução Industrial (tecnológica) e o Brasil nem completou a segunda, iniciada nos fins de séc. XIX.
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Enio 13/07/2019 14:35
Faltou colocar na conta os impostos pagos pelos socios e funcionarios (Imposto de renda, icms de agua luz feira etc.) e fornecedores (incluindo impostos de seus respectivos funcionários). Não fiz as contas mas no fim o estado "come" quase a totalidade do montante.
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Askeladden 14/07/2019 01:03
Faltou dizer que todas as empresas apresentadas ganham dinheiro é no mercado financeiro.

Praticamente as 3 empresas dobraram e triplicaram de valor de mercado graças aos investidores.

A Magazine Luiza vai desdobrar as ações por 8 é assim vai ser acessível as pessoas físicas.
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Humberto 14/07/2019 01:15
Que gênio! O cidadão aí acha que se eu comprar ações da Magazine Luiza hoje, esse dinheiro vai para a empresa... Esse sabe tudo, hein? Dá até dó.

Aliás, quer dizer então que empresas listadas em bolsa ganham dinheiro com as próprias ações? Conta pra mim como isso acontece, por favor. Se eu abrir o capital da minha loja de tecido eu vou ganhar dinheiro para sempre pelo simples fato de ela estar listada na bolsa? Sendo assim, por que tanta empresa listada na bolsa quebra?

Bobinho, ações de empresa acompanham seus lucros. Se a empresa não tiver lucro, suas ações desabam. E mesmo se ela tiver lucro e suas ações dispararem, elas não ganham dinheiro nenhum com esta disparada das ações.

Se você não sabe nem sequer deste básico, pare de mentir dizendo que você "demitiu pessoas por causa da automação". Você não é empreendedor p... nenhuma. Você nem sequer tem competência para ser assalariado. Você nem sabe o básico sobre ganhar dinheiro.

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ed 14/07/2019 19:34
Uma empresa coloca as suas ações no mercado. Investidores voluntariamente compram essas ações em um IPO e o dinheiro vai para o caixa da empresa.

Alguém foi forçado a comprar as ações? Não.
Alguém foi roubado? Não.
Alguém foi coagido? Não.

Logo, não há problema algum em uma empresa ganhar dinheiro vendendo as suas ações ou com a valorização das mesmas.
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anônimo 15/07/2019 02:18
Parabéns pelo artigo

Faltou exemplicar como fica a situação das empresas pequenas, que empregam a grande maioria

Pra esses 3% justificar o risco, assumindo aqui que um empresário precisa de certa instrução e ganharia razoavelmente bem como funcionário, consideremos R$10.000,00, precisaria faturar então R$333.333,33

Fora os custos relativamente muito maiores para cumprir com a burocracia estatal, que eleva e muito o risco do negócio
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Lucas Gallon 16/07/2019 16:10
Toda a situação descrita tem causado um fenômeno de desindustrialização no Brasil.

Agora minha pergunta a quem puder responder:
A carga tributária para pequenas empresas enquadradas no Simples Nacional pode ser considerada "baixa"? Sei que há faixas progressivas, mas digo de modo geral.

Falo porque no plano de negócios de uma Microempresa de varejo que li (faturamento ano R$ 360 mil/ano) a alíquota efetiva que constava era 5,65%, achei baixo. Existem outros impostos indiretos além do SIMPLES?

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