"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 1 de julho de 2017

TEMER APENAS TENTA BARRAR A DENÚNCIA, NÃO IMPORTAM OS FATOS QUE A COMPÕEM

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Charge do Clayton (O Povo/CE)
Ao comentar a estratégia do governo no caso da denúncia do Procurador Rodrigo janot, o jornalista Valdo Cruz afirmou, no programa Studio I, na tarde desta sexta-feira, que a estratégia do Palácio do Planalto é barrar, pelo voto, a denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer. Se o governo empenha-se em barrar a sequência do processo, é porque não baseia seu comportamento na hipótese de refutar os fatos sobre os quais a acusação se projeta. Para Michel Temer e seus aliados no governo e na Câmara dos Deputados, contestar o conteúdo das denúncias não é relevante.
Não é relevante também, para quem ocupa o poder, a gravação feita pelo empresário Joesley Batista. Para o Planalto, pode ser irrelevante, mas para a opinião pública brasileira o episódio reveste-se de uma importância fundamental.
FATOS CONCRETOS – Aliás, o governo não vem dando importância a fatos significativos. Sua meta é continuar no poder à custa das manobras capazes de seduzir votos dos deputados que terão a seu cargo apreciar e decidir sobre a continuidade da queixa-crime colocada no cenário político do país pelo Procurador Geral Rodrigo Janot.
O governo, de fato, analisando-se bem suas colocações, dá mostras de certo distanciamento das questões nacionais.          Tanto assim que , entrevistado pela Globonews no início da noite de quinta-feira, o ministro Henrique Meirelles anunciou que se a previsão das contas públicas não se confirmar este ano, a solução será aumentar impostos.
Meirelles não levou em consideração o aspecto legal do tema. Aumentar impostos tem que partir de uma iniciativa do presidente da República, não da iniciativa do Ministro da Fazenda. Meirelles agiu como se fosse o chefe do Governo.
Entretanto sua previsão foi praticamente confirmada com base no resultado das contas governamentais do mês de maio. Segundo reportagem de Idiana Tomazelli e Eduardo Rodrigues, em O Estado de São Paulo de sexta-feira, o déficit foi de 29,3 bilhões de reais. Este resultado gerou desconfiança junto aos analistas econômicos, sobre a viabilidade da previsão de um déficit de 138 bilhões para todo o exercício.
MAIS IMPOSTOS – A desconfiança foi admitida por Ana Paula Vescovi, Secretária do Tesouro Nacional, ao revelar que há alternativas em estudos, como a elevação dos tributos que incidem sobre os combustíveis.
Vale a pena assinalar que o déficit registrado em maio refere-se ao resultado primário das contas públicas. Antes, portanto, da parcela relativa ao pagamento de juros pela rolagem da dívida interna do Brasil.
Essa dívida interna está em 3 trilhões de reais. Os juros da taxa Selic são de 10,25% ao ano. Portanto, essa conta vai longe. Muito longe.

01 de julho de 2017
04Pedro do Coutto

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