"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

DOS 81 ATUAIS SENADORES, 40% TÊM OU TIVERAM PENDÊNCIAS CRIMINAIS

Charge do Iotti, reprodução do jornal Zero Hora


Quase 40% dos senadores estão ou estiveram sob investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). Dos 81 integrantes do Senado, pelo menos 30 respondem a inquéritos ou ações penais na mais alta corte do país. As suspeitas vão de crimes de corrupção, contra a Lei de Licitações e eleitorais até delitos de menor gravidade, como os chamados crimes de opinião. Entre os investigados, 12 são alvos da Operação Lava Jato, como o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL), único senador denunciado até agora pela Procuradoria-Geral da República.

O senador com mais pendências na Justiça é Ivo Cassol (PP-RO). Desde agosto de 2013, Cassol vive com um pé no Senado e outro no Supremo. Primeiro e único senador condenado à prisão pela mais alta corte do país, Cassol se agarra a recursos para não ter o mesmo destino que seu colega de estado, o ex-deputado Natan Donadon (RO), que saiu da Câmara diretamente para o Complexo Penitenciário da Papuda.

O ex-governador foi condenado a quatro anos e oito meses de prisão, em regime semiaberto, e ao pagamento de multa de R$ 201 mil, acusado de ter direcionado licitações a empresas de conhecidos entre 1998 e 2002, quando era prefeito de Rolim de Moura (RO). Em setembro de 2014, o Supremo rejeitou as contestações de Cassol.

CONTRA RENAN – Desde janeiro de 2013, há um parecer da Procuradoria-Geral da República oferecendo denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros. Dois anos e meio depois, o pedido não foi analisado.

Renan é acusado de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso no Inquérito 2593, que apura crimes atribuídos a ele em 2007, quando teve de renunciar à presidência do Senado em meio a uma série de acusações. Atualmente, ele é investigado em outros três inquéritos da Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro.

A PGR sustenta que o senador enriqueceu ilicitamente, forjou documentos para comprovar que tinha recursos para bancar despesas pessoais e teve evolução patrimonial incompatível com o cargo.

Os fatos contra Renan se referem à denúncia feita por Mônica Veloso, com quem tem uma filha. Ela disse que Renan usava dinheiro repassado por lobista da empreiteira Mendes Júnior para pagar a pensão alimentícia da filha e o aluguel do apartamento. Pela mesma denúncia, Renan virou réu por improbidade administrativa na 14ª Vara da Justiça Federal de Brasília, em junho.

SOB INVESTIGAÇÃO – Confira abaixo, em ordem alfabética a lista dos 30 senadores que estão ou estiveram sob investigação no Supremo Tribunal Federal:

Acir Gurgacz (PDT-RO), Ângela Portela (PT-RR) , Antônio Anastasia (PSDB-MG); Benedito de Lira (PP-AL); Ciro Nogueira (PP-PI), Dário Berger (PMDB-SC), Edison Lobão (PMDB-MA), Eduardo Amorim (PSC-SE), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Fernando Collor (PTB-AL), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Gladson Cameli (PP-AP), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE), Ivo Cassol (PP-RO), Jader Barbalho (PMDB-PA), José Agripino (DEM-RN), Lindbergh Farias (PT-RJ), Marta Suplicy (PMDB-SP), Omar Aziz (PSD-AM), Paulo Bauer (PSDB-SC), Renan Calheiros (PMDB-AL), Roberto Requião (PMDB-PR), Romero Jucá (PMDB-RR), Sérgio Petecão (PSD-AC), Simone Tebet (PMDB-MS), Telmário Mota (PDT-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Wellington Fagundes (PR-MT)

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PS: Embora não conste na lista dos investigados pelo STF, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) já foi condenado pela Justiça Eleitoral e teve o seu mandato cassado, quando governador, por abuso de dinheiro público.



31 de agosto de 2016
Do site Congresso em Foco

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