EXCLUSIVO: JANAÍNA PASCHOAL CRITICA ESTRATÉGIA DA DEFESA DE DILMA
Ela é reconhecida como a responsável pelo afastamento de Dilma Rousseff do poder, mas trata o processo de impeachment como apenas mais uma das centenas de causas defendidas em sua vasta carreira como advogada.
EXCLUSIVO: JANAÍNA PASCHOAL CRITICA ESTRATÉGIA DA DEFESA DE DILMA |
Ela é reconhecida como a responsável pelo afastamento de Dilma Rousseff do poder, mas trata o processo de impeachment como apenas mais uma das centenas de causas defendidas em sua vasta carreira como advogada.
Essa é Janaína Paschoal, que apresentou um pedido de impeachment contra Dilma, no fim do ano passado, juntamente com o fundador do PT Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, e virou o centro das atenções.
No Senado, quando está defendendo seu processo de acusação, tira selfies com fãs no pequeno intervalo que tem durante as sessões. Recebe, também, famílias que precisam de ajuda e, com toda atenção, conversa e passa o telefone pessoal para conversarem com mais calma no escritório de São Paulo.
No corredor da Ala Teotônio Vilela, no Senado, após ouvir testemunhas de defesa de Dilma por quatro horas, Janaína Paschoal recebeu com exclusividade a reportagem do Diário do Poder. Na entrevista, a jurista diz que o processo "já passou do razoável" e que ela espera que os senadores confirmem o afastamento de Dilma Rousseff. Confira na íntegra:
Entre os vários pedidos que a Câmara recebeu, a senhora achou que o da senhora especificamente seria escolhido?
Não... Eu não achada nada. Eu sei que a gente fez um pedido extremamente bem fundamentado e quando eu vim trazer, junto a filha do Dr Hélio Bicudo, eu senti que o nome dele, a participação dele, além da questão jurídica, da peça estar bem fundamentada, fez muita diferença. Todas as pessoas, de todos os partidos, receberam a filha dele com carinho, respeito. Acho que foi um conjunto: a fundamentação jurídica com a presença dele e a respeitabilidade do Dr. Hélio Bicudo.
Com toda essa repercussão do pedido, a senhora está satisfeita com o processo do impeachment até aqui?
Eu acho que o processo não poderia ser tão longo. Não precisaria ser tão longo. Pelo que prevê a lei, pelo que foi o próprio rito do Collor, então eu acho que passou um pouco do razoável, em termos de tempo. Porém, a prova toda que está sendo produzida está confirmando a acusação. Então sob esse aspecto está sendo saudável porque está todo mundo vendo que nós temos razão. Mas que o processo já passou do tempo razoável eu não tenho a menor dúvida.
Por que a defesa de Dilma Rousseff insiste no discurso do golpe, de que não houve crime?
Porque eles não têm argumento jurídico para fazer frente à nossa acusação. Se eles tivessem eles não precisariam ficar com esse discurso.
No plenário do Senado, a senhora acha que a presidente afastada tem a possibilidade de voltar?
Nós estamos em um processo. Advogado nenhum fala: olha, o resultado vai ser esse. Nosso Código de Ética nem permite. Então tem que aguardar. Os juízes da causa é que vão dizer.
Mas o que a senhora espera?
Eu espero que eles confirmem o afastamento. Porque é isso que as provas mostram, determinam, indicam. Agora, nós temos que aguardar...
16 de julho de 2016
Elijhonas Maia
diário do poder
No Senado, quando está defendendo seu processo de acusação, tira selfies com fãs no pequeno intervalo que tem durante as sessões. Recebe, também, famílias que precisam de ajuda e, com toda atenção, conversa e passa o telefone pessoal para conversarem com mais calma no escritório de São Paulo.
No corredor da Ala Teotônio Vilela, no Senado, após ouvir testemunhas de defesa de Dilma por quatro horas, Janaína Paschoal recebeu com exclusividade a reportagem do Diário do Poder. Na entrevista, a jurista diz que o processo "já passou do razoável" e que ela espera que os senadores confirmem o afastamento de Dilma Rousseff. Confira na íntegra:
Entre os vários pedidos que a Câmara recebeu, a senhora achou que o da senhora especificamente seria escolhido?
Não... Eu não achada nada. Eu sei que a gente fez um pedido extremamente bem fundamentado e quando eu vim trazer, junto a filha do Dr Hélio Bicudo, eu senti que o nome dele, a participação dele, além da questão jurídica, da peça estar bem fundamentada, fez muita diferença. Todas as pessoas, de todos os partidos, receberam a filha dele com carinho, respeito. Acho que foi um conjunto: a fundamentação jurídica com a presença dele e a respeitabilidade do Dr. Hélio Bicudo.
Com toda essa repercussão do pedido, a senhora está satisfeita com o processo do impeachment até aqui?
Eu acho que o processo não poderia ser tão longo. Não precisaria ser tão longo. Pelo que prevê a lei, pelo que foi o próprio rito do Collor, então eu acho que passou um pouco do razoável, em termos de tempo. Porém, a prova toda que está sendo produzida está confirmando a acusação. Então sob esse aspecto está sendo saudável porque está todo mundo vendo que nós temos razão. Mas que o processo já passou do tempo razoável eu não tenho a menor dúvida.
Por que a defesa de Dilma Rousseff insiste no discurso do golpe, de que não houve crime?
Porque eles não têm argumento jurídico para fazer frente à nossa acusação. Se eles tivessem eles não precisariam ficar com esse discurso.
No plenário do Senado, a senhora acha que a presidente afastada tem a possibilidade de voltar?
Nós estamos em um processo. Advogado nenhum fala: olha, o resultado vai ser esse. Nosso Código de Ética nem permite. Então tem que aguardar. Os juízes da causa é que vão dizer.
Mas o que a senhora espera?
Eu espero que eles confirmem o afastamento. Porque é isso que as provas mostram, determinam, indicam. Agora, nós temos que aguardar...
16 de julho de 2016
Elijhonas Maia
diário do poder
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