"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O TRIPLEX, O SÍTIO E A OAS: UMA HISTÓRIA ENTRE 'AMIGOS'

Triplex e sítio de Lula tiveram cozinhas compradas na mesma loja e pagas pela mesma OAS.


A compra de cozinhas planejadas da empresa Kitchens liga o tríplex no Guarujá, reservado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o sítio de Atibaia, frequentado pelo líder petista e seus familiares. Investigações apontam que as duas compras, feitas na mesma loja, em São Paulo, foram pagas pela construtora OAS, segundo reportagem do “Jornal Nacional” nesta quarta-feira.

O tríplex, que está registrado em nome da OAS, passou por reformas que custaram R$ 777 mil, entre abril e setembro de 2014. Em 12 de novembro do mesmo ano, foi entregue a cozinha planejada, que custou R$ 78,8 mil. 
O ex-presidente confirmou que visitou o apartamento, acompanhado do então presidente da OAS, Léo Pinheiro, mas desistiu de ficar com o imóvel porque não teria privacidade.

Outra compra na mesma loja também teria sido paga pela OAS, segundo as investigações, e foi entregue no sítio Santa Bárbara, em Atibaia. 
O pedido é datado de 13 de março de 2014. Além da cozinha planejada de R$ 28 mil, foram entregues um refrigerador de R$ 9,7 mil, uma lava-louças de R$ 9,1 mil, um forno elétrico de R$ 10,1 mil, uma bancada de R$ 43 mil e outros itens. No total, foram pagos R$ 130 mil.

A nota fiscal das compras para o sítio está em nome de Fernando Bittar, um dos sócios do imóvel de Atibaia. Os promotores querem saber por que a OAS pagou pela compra feita por Bittar. 
As duas aquisições foram feitas na mesma loja, na Avenida Faria Lima, em São Paulo. A informação foi publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” na edição do último sábado.

O sítio em Atibaia está em nome de Bittar e de Jonas Suassuna, que também são sócios do filho mais velho 

O Ministério Público de São Paulo suspeita que o ex-presidente Lula seja o verdadeiro dono do apartamento no Guarujá. 
Os promotores questionam o fato de a OAS ter gastado tanto dinheiro numa reforma sem um comprador definido. 
A construtora não quis comentar o assunto. O Instituto Lula não respondeu às perguntas do GLOBO. Fernando Bittar também não foi localizado.

De acordo com a investigação do Ministério Público, no fim de 2009 nove empreendimentos inacabados da Bancoop (cooperativa habitacional criada pelo Sindicado dos Bancários de São Paulo) foram assumidos pela construtora OAS. Um deles é justamente o prédio onde o ex-presidente teria um apartamento e onde João Vaccari, em depoimento, disse ser proprietário de outra unidade.

Vaccari, ex-tesoureiro do PT preso na Operação Lava-Jato, presidiu a Bancoop. 
A defesa do ex-presidente argumenta que ele nunca foi dono do apartamento, mas somente proprietário de cotas de um projeto habitacional da Bancoop no Guarujá. 
A cooperativa se tornou insolvente, e a OAS assumiu as obras.(Globo)

04 de fevereiro de 2016
in coroneLeaks

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