"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Investidores acham que Lula e Dilma podem responder, judicialmente, pelos crimes da Lava Jato na Petrobras



Luiz Inácio Lula da Silva acredita 100% na impunidade ou está ficando louco ao ter vociferado ontem o demagógico pedido para que o ladrão da Petrobrás vá para cadeia: “Os milhares de trabalhadores dessa empresa não podem ser confundidos com alguém que porventura possa ter cometido um erro qualquer. Se alguém praticou erro, se alguém roubou, esse alguém tem mais é que ser investigado, ser julgado. Se for culpado, tem que ir para a cadeia, e o povo da Petrobras tem que ter orgulho de vestir essa camisa”.

Como ex-Presidente da República, que comanda a União, controladora majoritária da Petrobras, Lula deveria saber que corre o risco de responder, judicialmente, por atos de corrupção praticados por diretores executivos e membros dos conselhos de administração e fiscal. Situação pior ainda é a da companheira-Presidenta Dilma Rousseff, que presidiu o conselhão da Petrobras e ainda indicou, pessoalmente, sua amiga Maria das Graças Foster para comandar a empresa.

A tese do “não sabia de nada” na Petrobras não cola... Lula, Dilma, diretores e conselheiros da Petrobras serão processados, no Brasil e no exterior, por investidores da Petrobras, no mínimo, por abuso do poder controlador, conflitos de interesses e violação de dispositivos legais e estatutários da Petrobras. BNDES, BNDESpar e os fundos de pensão (Previ, Petros e Funcef) devem entrar na mesma dança. As empresas e empreiteiras que formam “Sociedades de Propósito Específico” com a Petrobras – algumas já investigadas nos EUA e na Holanda – também serão alvo de uma devassa que pode se transformar em bilionários processos judiciais movidos por grupos de acionistas minoritários.

Um diretor de “abastecimento” como Paulo Roberto Costa não teria, de graça e sem apoio político superior, tanto poder dentro de uma empresa. Ele não poderia ter ficado responsável pela movimentação de 1.832 contas bancárias da empresa, sem a permissão e conhecimento dos superiores José Sérgio Gabrielli e Graça Foster, além de Almir Guilherme Barbassa, diretor financeiro que, estranhamente, nunca é citado, mas que sabe de todas as operações contratuais com a grana da Petrobras. Barbassa cuida da rolagem diária das dívidas da estatal com os maiores bancos internacionais.

No abraço de tamanduá dado ontem pelos petistas no suntuoso edifício-sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, o eterno apedeuta Lula conseguiu levantar suspeitas para mais uma picaretagem de alto nível contra a estatal de economia mista. Ao criticar as Comissões Parlamentares de Inquérito que investigam irregularidades na petrolífera, Lula esculachou: “No pré-sal, já houve três pedidos de CPI só na Petrobras. Eu tenho a impressão que essas pessoas (parlamentares) pedem CPI para depois os empresários correrem atrás delas e achacarem esses empresários para ganhar dinheiro”.

Aparentemente, Lula repete a tática de sempre: aposta na ofensiva do discurso para se defender, previamente, de broncas prestes a estourar contra ele e aliados próximos. A CPI deveria convocar Lula para apresentar provas da suspeita que lançou no ar... Certamente, no Congresso, ele alegaria que “não sabe de nada”. A única coisa que Lula parece saber é que o sistema de poder político e econômico no Brasil garante a impunidade. A governança do crime organizado tem capacidade para intimidar o Judiciário e usar os melhores escritórios de advocacia para infindáveis recursos judiciais que levam séculos até chegar a uma sentença transitada em julgado.

Vai entregar tudo?


Nada a declarar

Será uma surpresa impressionante se Paulo Roberto Costa falar alguma coisa em seu depoimento desta quarta-feira na CPMI da Petrobras.

A aposta é que o delator premiado alegue que tem o direito de ficar calado e só responder em juízo o que lhe for perguntado.

Paulo Roberto sabe que, se falar o que não deve, pode acabar prejudicado na estratégia de defesa, que pode estar prestes a libertá-lo, com todas as garantias de um sistema de proteção à testemunha.

Inferno de Eike

Providencialmente sumido do noticiário, graças aos grandes amigos que tem na mídia, o ricaço Eike Batista começa a sentir o peso do judiciário sobre seus negócios que causaram prejuízos bilionários a investidores.

A promotora federal Karen Louise Jeanette Kahn, de São Paulo, denunciou ontem Eike por uso de informações privilegiadas (insider Trading) para obtenção de vantagens ilícitas no mercado financeiro.

O MPF pede que Eike seja condenado a pagar uma multa de cerca de R$ 26 milhões por irregularidades na venda de ações da OSX.

Lula teme que tudo de ruim que acontecer com o amigo Eike possa sobrar, de algum jeito, para seu próprio lado...

Aprendizado
 
 
                           
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

17 de setembro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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