sexta-feira, 25 de maio de 2018

ATÉ QUANDO, GILMAR MENDES, ABUSARÁS DE NOSSA PACIÊNCIA? (GILMAR MENDES, UMA ESPÉCIE DE CATILINA, BRASILEIRO)



Até quando, Gilmar Mendes, abusarás de nossa paciência? | Marco Antonio Villa

25 de maio de 2018

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NOTA AO PÉ DO VÍDEO
Quousque tandem abutere Catilina patientia nostra

Esta é a primeira frase do primeiro dos quatro discursos de Cicero, acusando Lucio Sergio Catilina, cônsul romano, de pretender derrubar o governo republicano e apoderar-se do poder e das riquezas, juntamente com alguns apaniguados.

A frase poderia ser traduzida como “Até quando Catilina abusarás da nossa paciência?”

Esta sentença, em latim, é bastante utilizada nos meios acadêmicos e jurídicos, para refutar alguém turrão, teimoso, que insiste em abraçar tese vencida, superada, sem chance de prosperar. Numa analogia ao caso de Catilina que abusava, na oratória e nas suas ações, nas tentativas inaceitáveis de golpe.

O primeiro destes discursos de Cícero, que viraram obra clássica e conhecida como “As Catilinárias” (Catilinam, em latim), assim como o quarto e último deles, foi proferido no Senado Romano. 
Os outros dois foram direcionados ao povo em praça pública.

Àquela primeira frase, segue-se “Quam diu etiam furor iste tuus nos eludet? Quem ad finem sese affrenata iactabit audácia?”

Corresponde, pouco mais ou menos, ao seguinte: ”Por quanto tempo ainda este teu rancor nos enganará? Até que ponto a tua audácia desenfreada se gabará de nós?”

Quem tiver curiosidade em conhecer um pouco mais sobre a vida e a obra deste grande orador, político e filósofo, deve ler a trilogia que Robert Harris escreveu sobre ele e, claro, sobre a Roma de seu tempo, pano de fundo da narrativa bastante fiel a história, feita através dos olhos, da pena, e sobretudo dos ouvidos do secretário particular de Cícero por quatro décadas.

Cícero proferiu os discursos citados em 63, e morreu em 43 a.C

m.americo




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