quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

COLLOR DIZ TER EXPERIÊNCIA, CORAGEM E EQUILÍBRIO PARA COMANDAR O PAÍS

COLLOR ACHA QUE SERIA COVARDIA NÃO DISPUTAR A PRESIDÊNCIA



EX-PRESIDENTE DIZ SER COVARDIA "DESVIAR DE MAIS UM DESAFIO" QUE O DESTINO IMPÕE


Em um discurso de mais de vinte minutos na tribuna do Senado, o ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTC-AL) reafirmou sua pré-candidatura à Presidência da República, nesta terça-feira (6), quando se colocou como um nome de centro, progressista e liberal. E garantiu que possui “a experiência, a coragem, o equilíbrio e maturidade” para comandar o País.

Collor classificou sua pré-candidatura como “a retomada de uma missão pelo país”, quase 26 anos após ter sido alvo do processo de impeachment, depois de ser o primeiro presidente eleito pelo voto popular na redemocratização do Brasil, contra 21 candidatos. E defendeu que chegou o momento de o extremismo se afastar de vez da política brasileira, “fazendo renascer na população o sentimento de esperança e de otimismo em torno de um Brasil melhor”.


COLLOR LEMBROU DE MANDATO INTERROMPIDO (FOTO: WALDEMIR BARRETO/SENADO)

“O íntimo do meu sentimento público hoje me diz que seria covardia de minha parte renunciar à verdade e desviar de mais um desafio que o destino me impõe. Os temores da história não podem preceder aos ardores da modernidade”, declarou Collor.

Em seu discurso, o ex-presidente criticou o que classificou como um forçado espírito de renovação política e defendeu um “novo pacto federativo” para aglutinar no governo os “melhores quadros”. “Não precisamos de revolução, mas de evolução. Da mesma forma não precisamos de renovação, mas de inovação”, afirmou.

O senador disse estar disposto a firmar um novo acordo com os brasileiros para alavancar novamente o país. E disse que tal feito só será possível com o planejamento de um “sólido programa social que seja tecnicamente recomendável, politicamente viável e socialmente aceito”.

Collor ainda criticou o contexto atual da política, com “extremismos e pós-verdades, de bravatas, radicalismos e, pior, de intolerâncias e confrontos de argumentos ideologicamente vazios”. E defendeu que a população brasileira evite a desilusão e opte pelo centro, progressista e liberal.

“Um centro democrático que não mais se prenda ideologicamente a meros rótulos da esquerda ou da direita. Um centro que promova a interação entre o setor público e o setor privado, que é um mandamento do Estado Moderno. Mas também, um centro que saiba atribuir a cada ente a sua específica competência. Ou seja, ao Estado, o que é do Estado; ao mercado, o que é do mercado”, defendeu Collor.

Collor destacou feitos positivos de seu curto mandato, a exemplo da abertura econômica do país, o pagamento a aposentadorias para trabalhadores do campo e do que considera ter sido a consolidação do lastro financeiro que possibilitou a implantação do Plano Real pelo seu vice-presidente, Itamar Franco, e o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso.

“Mantive em razoáveis níveis o equilíbrio fiscal das contas públicas. Abri a porta do Brasil para a tecnologia e para o mundo”, disse o senador alagoano.

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