sexta-feira, 23 de junho de 2017

ÁUDIOS MOSTRARIAM ALBERTO FRAGA RECLAMANDO DE VALORES DE PROPINA

SEGUNDO MP, EX-SECRETÁRIO CHEGARIA A QUESTIONAR PORQUE RECEBE MENOS QUE ENTÃO SUBSECRETÁRIO

EM ÁUDIOS, EX-SECRETÁRIO DE TRANSPORTE E DEPUTADO FEDERAL ALBERTO FRAGA SUPOSTAMENTE DISCUTE SOBRE PROPINA (FOTO: DIVULGAÇÃO)


Áudios gravados em 2009 mostram o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) supostamente discutindo propina enquanto era secretário de Transporte do governo Arruda (PR).

Fraga aparece questionando o valor de repasses para o seu assessor à época, o então subsecretário da pasta Júlio Urnau. Em um dos áudios, segundo o Ministério Público, o ex-secretário e deputado chegaria a questionar porque recebe menos que o subsecretário.

Alberto Fraga pergunta sobre um repasse de R$ 1,5 milhão feito a Urnau. Mas, segundo os outros interlocutores, o valor seria na verdade de R$ 1,7 milhão.

Ainda de acordo com o MP, a propina discutida seria pagas por cooperativas, no processo de substituição de vans por micro-ônibus. As pessoas que discutem o assunto com Fraga nas gravações seriam Jefferson Magrão, representante político junto às cooperativas, e Fontidejan Santana, então presidente da Associação das Cooperativas de Ônibus do DF.

A defesa de Fraga nega as acusações.

Régin

Em 2011, o Ministério Público e a Polícia Civil do DF deflagram a Operação Régin, em que Fraga, Urnau e o ex-assessor José Geraldo de Oliveira Melo são acusados de organização criminosa e concussão – exigência de vantagem, por um agente público, para realizar contratações.

De acordo com o inquérito, o grupo teria recebido mais de R$ 800 mil da cooperativa Coopatag. A organização conseguiu decisão judicial para retornar à licitação, mas teve que pagar propina do mesmo jeito para conseguir concorrer. O valor teria sido pago em três parcelas. Somente após o pagamento da primeira, a Coopatag conseguiu retornar à disputa da licitação.

Por ser deputado federal e ter foro privilegiado, o processo está no Superior Tribunal Federal (STF), nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, ainda sem julgamento.

23 de junho de 2017
diário do poder

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