sábado, 27 de maio de 2017

TEMER DESAGRADA MEIRELLES AO ESCOLHER RABELLO DE CASTRO PARA O BNDES


SAO PAULO, SP, 29.03.2012: Dr. Paulo Rabello de Castro durante reuniao com a coordenacao do Movimento Brasil Eficiente que anunciou nesta sexta-feira, em sua primeira reuniao do ano, a adesao do governador Eduardo Campos (PSB-PE) e do publicitario Nizan Guanaes, que cuidara da comunicacao do movimento. O evento ocorreu na Escola de Economia da FGV. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, PODER)
Diz a Folha que Meirelles considera Rabello “fraco”
O presidente Michel Temer escolheu o economista Paulo Rabello de Castro para assumir o BNDES no lugar de Maria Silvia Bastos Marques, que pediu demissão nesta sexta-feira (26). Rabello de Castro era presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desde maio de 2016, quando Temer assumiu o Planalto como presidente interino. Segundo a Folha apurou, a escolha foi uma indicação pessoal de Temer e não contou com a simpatia do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que avalia o perfil do novo colega como “fraco”.
A avaliação de integrantes do governo foi a de que a nomeação de Rabello de Castro foi um aceno ao ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral), que reclamava muito da atuação de Maria Silvia no que dizia respeito às regras de financiamento do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), sob comando de Moreira.
CONVITE ACEITO – Em nota, Temer disse que Castro aceitou o convite e que “começará seu trabalho na instituição já na próxima semana”.
A escolha de Castro foi tomada em reunião do presidente com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A rapidez na escolha teve como objetivo minimizar o impacto da saída no mercado financeiro. A avaliação no Palácio do Planalto é de que o pedido de demissão de Maria Silvia criou uma instabilidade, uma vez que ela era tida como uma avalista da credibilidade da gestão peemedebista na área econômica, e pode impactar no apoio de setores empresariais ao presidente, que tem sofrido perdas desde a semana passada.
Em médio prazo, no entanto, a perspectiva é de que melhore a relação dos setores empresariais com a possibilidade de liberação mais rápida de financiamentos e créditos.

27 de maio de 2017
Marina Dias
Folha

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