sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

EM BRASÍLIA, QUANTO MAIS QUENTE, PIOR


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Charge do Oliveira (oliveiradesenhosefotos.com)
Cientistas acabam de confirmar que 2016 foi o ano mais quente da história. O anúncio é alarmante, mas teve sabor de notícia velha. Afinal, é a terceira vez seguida que o mundo bate recorde de calor. A elevação das temperaturas tem tudo a ver com o desprezo das autoridades pelo meio ambiente. As grandes potências levaram décadas para admitir o problema. Agora o planeta corre o risco de novo retrocesso com a posse de Donald Trump.
O futuro presidente dos Estados Unidos já declarou que considera o aquecimento global uma bobagem. Na eleição, indicou que boicotará o Acordo de Paris, que fixou metas de corte nas emissões de carbono.
A formação do novo governo sugere que as ameaças devem ser levadas a sério. Trump vai entregar o Departamento de Estado a Rex Tillerson, ex-presidente da petroleira ExxonMobil. O chefe da agência ambiental será Scott Pruitt, outro aliado das empresas poluidoras.
PIORES PREVISÕES – “Será o gabinete mais fóssil da história americana”, resume o pesquisador Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima. Ele diz que a realidade está confirmando as piores previsões da ciência. “Fenômenos extremos, como secas e enchentes, são cada vez mais frequentes. O planeta já estava no cheque especial, e agora o clima começou a cobrar os juros”, alerta.
O aquecimento global também gera danos por aqui. De acordo com o Observatório, mais de 1.500 municípios do país decretaram situação de emergência ou calamidade em 2015 por razões ligadas ao clima. Com raras exceções, as autoridades brasileiras ignoram o assunto. A agenda ambiental perde espaço no Congresso, cada vez mais dominado pelos ruralistas, e os novos prefeitos parecem mais interessados em produzir fotos para os jornais.
Brasília acaba de iniciar um racionamento de água, mas a medida não afetará as torneiras dos políticos. Áreas mais valorizadas, como o Plano Piloto, serão poupadas dos cortes.
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ARÉA DA NOVA REPRESA FOI GRILADA
Francisco Vieira
Conforme nosso amigo Virgilio Tamberlini já assinalou aqui na “Tribuna da Internet”, graças aos bandidos que ocuparam o governo do Distrito Federal depois da gestão do presidente João Figueiredo, todos eles complacentes com grileiros e beneficiados por eles, hoje Brasília precisa fazer racionamento de água.
O motivo? Simplesmente fizeram assentamentos no local destinado a ser construída a Barragem do Rio São Bartolomeu, planejada desde o regime militar para aumentar o abastecimento de água na capital. Por isso, até hoje só existem duas represas feitas ainda durante o regime militar para abastecer Brasília.

20 de janeioro de 2017
Bernardo Mello Franco
Folha

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