domingo, 19 de junho de 2016

EM VIAGEM PELO PAÍS, DILMA INSISTE NA NARRATIVA MAIS FURADA DO MUNDO

Com os fatos recentes e todas as revelações, ela deveria receber uma orientação melhor e deixar de falar em “golpe” ou que o impeachment foi para “frear a Lava Jato”. Já está ficando bem ridículo, mesmo para seus padrões.


Uma “vantagem” de ser Dilma Rousseff é que seus discursos não precisam fazer sentido. Você pode chegar a um púlpito, microfone ligado, emissoras de todo o país gravando, e de repente dizer que toda criança tem uma figura oculta atrás: um cachorro. Ou discorrer sobre o estoque de vento. Ou mesmo saudar a mandioca. E o milho.

Então, não é mesmo algo anormal que ela solte alguma pérola. Ok. Mas a de agora não foi apenas disparate da falta de retórica ou pouco apego ao Planeta Terra na hora de elaborar improvisos. Nada disso: é cálculo.

Mas a conta já está errada – e vencida. Isso porque, há mais ou menos um mês, fazia sentido apostar na mentira de que o impeachment teria como motivo frear a Operação Lava Jato. Continuaria sendo lorota, mas ao menos não havia fato a desmentir – e disparar cascatas não é nada que fuja das práticas já reiteradas por eles.

De todo modo, agora com Cunha se estrepando, a cúpula do PMDB indo para o mesmo caminho e até alguns tucanos graúdos entrando na dança, não há mais a mínima condição de insistir nessa narrativa.

E ela insiste. Aí fica ridículo.

Ah, sim: a esta altura, com todo o devido processo correndo no Senado em observância à ampla defesa e tudo mais, é até teratológico suscitar “golpe”. Mas ela também insiste. Sem medo do ridículo.



19 de junho de 2016
implicante

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