quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

HUMILDADE? OLHA ISSO...



Ninguém quer ver Dilma Rousseff ajoelhando para pedir perdão. Nem de uma gestora em apuros se esperaria semelhante teatro. Mas esta presidenteé culpada pela crise econômica que carcome a sua credibilidade. 
E não obterá a “parceria'' que reivindica enquanto não abandonar a convicção segundo a qual a crise é “internacional”, seus efeitos sobre o Brasil serão “transitórios” e tudo terminará bem porque seu governo dispõe de uma “agenda”.

Dilma foi ao Congresso. Entregou pessoalmente a mensagem do Executivo para o ano legislativo de 2016. O ministro Jaques Wagner disse que a presença da presidente entre os congressistas foi um gesto de “humildade”. 
O presidente do Congresso, Renan Calheiros, declarou que não é hora de apontar responsabilidades, mas de buscar soluções. Avaliou que Dilma abriu-se para o diálogo.

Humildade? Nenhum movimento dramático seria necessário se a Dilma que cumpre seu segundo mandato já tivesse reconhecido que a Dilma dos primeiros quatro anos foi uma administradora precária. Diálogo? 
Sem uma boa contrição, dificilmente se estabelecerá uma comunicação sincera entre Dilma e o Congresso.
São notáveis as escolhas que Dilma não fez quando tinha popularidade, base congressual e poder para realizá-las. Ainda que se desconsidere o governo Lula, período em que madame mandou na economia desde 2006, quando Antonio Pallocci se auto-implodiu, há o tempo já decorrido de sua própria administração.

Depois de mais de cinco anos de nenhuma responsabilidade fiscal, de absoluta negligência com o rombo crescente da Previdência, e de um mal disfarçado autoritarismo gerencial, conclui-se: ou a humildade de Dilma é falsa ou a presunção de autossuficiência a impede de reconhecer que também está sujeita à condição humana.

03 de fevereiro de 2016

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