Queda na popularidade de Dilma leva o governo ao desespero; palacianos tentam reverter o caos
Do encontro que tratou do tema participaram os ministros que dão expediente no Palácio do Planalto, além dos titulares das pastas da Defesa e das Comunicações, Jaques Wagner e Ricardo Berzoini, respectivamente.
O plano do núcleo duro do governo é tentar reverter esse cenário pouco animador, que pegou os palacianos de surpresa. O staff presidencial esperava que algum decréscimo ocorreria na aprovação da presidente, mas não imaginavam que no quesito “ruim ou péssimo” índice chegaria a 44%. Dilma estuda a possibilidade de fazer um pronunciamento à nação para despejar sobre a parcela incauta da população uma enxurrada de novas mentiras, mas não há como negar o inegável.
O governo vive uma grave crise institucional e derrete juntamente com a Petrobras a cada novo capítulo a Operação Lava-Jato, deflagrada em março de 2014 e que desmontou um esquema de corrupção sem precedentes na história.
Desde as primeiras horas desta segunda-feira, integrantes do governo próximos à presidente da República tentaram defender a petista, mas é impossível fechar os olhos para os resultados da pesquisa Datafolha. Ministra da Secretaria de Direitos Humanos, a petista Ideli Salvatti disse ser “momentânea” a queda de popularidade de Dilma.
A ministra é conhecida por defender o indefensável, mas é preciso doses mínimas de coerência para modular o próprio discurso. No máximo que Ideli Salvatti poderia afirmar é que a pesquisa de opinião apresenta o resultado de um momento, não que a queda de popularidade é momentânea.
“Avaliações são sempre momentâneas e estamos absolutamente convencidos de que vamos recuperar [a confiança do eleitor] com as medidas que vão ser adotadas ao longo deste primeiro ano de segundo mandato da presidenta”, disse a ministra.
Na opinião de Ideli Salvatti, o anúncio do pacote de maldades e os desdobramentos do Petrolão interferiram nas avaliações da população. “Mas da mesma forma que impactam negativamente, as ações que serão adotadas e praticadas pelo governo da presidenta Dilma, não tenho a menor dúvida, farão sua avaliação subir novamente”, afirmou a ministra.
Ora, se o pacote de maldades e a corrupção na Petrobras foram os responsáveis pela queda da popularidade de Dilma, a ministra deve se preparar porque a chance de esse movimento descendente tem ingredientes para continuar sua trajetória. Afinal, as denúncias contra os políticos envolvidos no Petrolão serão conhecidas depois do Carnaval. Isso fará com que a situação piore ainda mais.
A onda de desespero que se instalou na sede do governo é explicável. A pesquisa Datafolha mostrou também que para 54% dos brasileiros a presidente da República é falsa. O levantamento também revelou que na opinião de 47% da população Dilma é desonesta, enquanto 46% creem que a petista é mentirosa. Esse resultado decorrer da percepção da população formada ao longo dos últimos anos, período em que o governo do PT chafurdou na lama da corrupção, deu as costas para o planejamento e colocou a economia brasileira no despenhadeiro da crise. Sendo assim, Ideli Salvatti teria feito um enorme favor ao Brasil se tivesse permanecido em silêncio.
10 de fevereiro de 2015
ucho.info
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