terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A COLORANTA



Já vimos esse filme.

Todos tinham medo do bandido barbudo. Elegeram o mocinho para defendê-los. Assim que pôs a estrela de xerife no peito, para espanto geral, o mocinho entrou no banco e tomou o dinheiro de todos os depositantes.
O horror pelo barbudo era tão grande que os lesados se resignaram ao preço a pagar, ao mal menor.

Mas o novo xerife era dado a estrepolias, não era culto e , portanto, não conhecia o acontecido em Elba.

Acreditava ser o rei do caqui. Afinal seu pai protagonizou um caso célebre de aberratio ictus e nada aconteceu.

Procurou um colorante para dourar a pílula e enganar os aliados. Fracassou e foi fracassado.

Exemplo antológico de arrogância e incompetência, a portadora da  estrela do momento, procura uma tintura para disfarçar o encarnado da carniça.
 
Sem graça, sem o charme da caneta de condão e sem defesa  contra a mancha do líquido fóssil, aguarda, sem esperança, pelo fim sem tardança.

16 de dezembro de 2014
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

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