Tese da delação premiada cresce entre executivos de empreiteiras e pode derrubar palacianos
Contudo, o primeiro acordo já foi selado e acendeu a luz vermelha nos bastidores do mundo das empreiteiras nacionais, que a peso de ouro contrataram os mais caros e renomados criminalistas.
Como adiantou o site com a costumeira exclusividade, as empreiteiras aceitaram a tese da leniência, proposta pelos advogados. Isso significa que as empreiteiras do “Petrolão” admitem conivência com o ilícito. Acontece que essa tese é insuficiente para minimizar a culpa dos envolvidos no maior escândalo de corrupção da história brasileira.
Entre os executivos, o estreante na seara da delação premiada, no caso da Operação Lava-Jato, foi o executivo Julio Camargo, decisão que provocou uma revolução no mundo da construção pesada, porque inviabiliza a estratégia de defesa das empreiteiras. De acordo com as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, Camargo controla três pessoas jurídicas (Treviso, Piemonte e Auguri), que no detalhamento da operação policial aparecem como as que mais repasses financeiros fizeram às empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef.
Como a tese esdrúxula da leniência, esculpida no escritório de um conhecido criminalista paulistano, foi rejeitada pelo Ministério Público Federal, a ideia de delação premiada como forma de reduzir eventuais penas começou a ganhar corpo entre os executivos das empreiteiras, cada vez mais preocupados com o desfecho da Operação Lava-Jato. Como já noticiou o ucho.info, alguns desses executivos já começaram a preparar as respectivas famílias para um resultado devastador.
No caso de a tese da deleção premiada prosperar entre os executivos das empreiteiras, mais uma vez a Operação Lava-Jato deverá subir a rampa do Palácio do Planalto, alcançando pessoa muito próxima à reeleita presidente Dilma Rousseff.
O desespero que tomou conta dos executivos vem crescendo a cada hora, o que colocou o governo em estado de alerta. Afinal, Dilma terá dificuldade para explicar como uma pessoa de sua confiança agia como lobista de determinada empreiteira, ao mesmo tempo em que a própria presidente rebate a bombástica acusação do doleiro Youssef, que afirmou que ela [Dilma] e Lula sempre souberam do “Petrolão”.
31 de outubro de 2014
ucho.inofo
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