Isso decorre do avanço do tráfico de drogas, algo que o governo federal finge que combate nas fronteiras do País.
Por conta de questões ideológicas que lampejam nos bastidores do poder, o tráfico de entorpecentes e o contrabando de armas continuam garantindo a subsistência das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), membro do Foro de São Paulo, e dos produtores bolivianos de pasta base de cocaína, que sob a batuta do cocalero Evo Morales viram a produção saltar de 50 toneladas para 300 toneladas anuais.
Essa conivência burra do governo brasileiro com o trafico de drogas e o contrabando de armas reflete quase que automaticamente nas grandes cidades brasileiras, cada vez mais reféns do crime organizado. Nas duas principais capitais, São Paulo e Rio de Janeiro, a ação dos criminosos avança em termos de ousadia, uma vez que o tráfico não enfrenta a burocracia que transforma o Estado em um ente paquidérmico.
Enquanto no Rio de Janeiro os traficantes espalham o terror no rastro dos confrontos com os policiais, inclusive levando a óbito pessoas inocentes, em São Paulo aumentou o número de roubos no mês de março. No terceiro mês deste ano, os roubos registraram alta de 44,89%, em relação ao mesmo período de 2013. Tal dado faz parte do balanço sobre a criminalidade de março, divulgado pela Secretaria da Segurança Pública na tarde desta sexta-feira (25).
Em março, foram registrados 14.089 roubos em São Paulo, contra 9.732 no mesmo mês do ano anterior. O número aponta um aumento nos casos desde o início deste ano. Em janeiro, foram registrados 12.965 roubos na capital. Em fevereiro houve um pequeno recuo, com 12.732 roubos.
Aos governos estaduais cabe a obrigação legal de garantir a segurança dos cidadãos, mas nada será suficiente enquanto os governadores não cobrarem com firmeza o Palácio do Planalto, que continua fazendo vistas grossas para o tráfico de drogas. Quem conhece os bastidores da segurança pública, como um todo, sabe como é falha a ação do governo federal no combate aos traficantes de entorpecentes e aos contrabandistas de armas.
Como se fosse pouco para o País a insegurança que reina em milhares de cidades, o Estado brasileiro despeja anualmente perto de R$ 20 bilhões no sistema de saúde para tratamento de dependentes químicos, o que mostra a necessidade de uma ação mais firme para combater esse tipo de crime, que cresce de forma assustadora diante da inércia das autoridades.
26 de abril de 2014
ucho.info
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